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20 de Junho de 2024
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    Cães comunitários: quando o animal adota os tutores

    Muitas vezes são os animais que escolhem os locais onde pretendem viver e adotam as pessoas que serão seus tutores.

    Foto: Divulgação

    Enquanto muitas famílias fazem questão de adotar um animal para viver em casa, muitas vezes são os animais que escolhem os locais onde pretendem viver e adotam as pessoas que serão seus tutores.Em todo o país, são numerosos os exemplos de cães que acabaram passando a fazer parte de condomínios, vilas de casas e até mesmo empresas e órgãos de segurança e conquistaram não apenas um, mais vários tutores. Em comum, eles possuem a característica de serem cães comunitários, ainda que não haja ainda em Petrópolis a lei que regulamente a situação destes animais.

    Na empresa de transporte interurbano Única, que fica na Rua Padre Siqueira, no Centro Histórico, a “Pretinha”, apareceu há sete anos. Segundo Luiz Assumpção, que é gerente de operações da empresa, foi a SRD quem acabou escolhendo que a garagem de ônibus seria seu lar. “Ela apareceu aqui, nós começamos a dar comida para ela e não demorou para que rapidamente todo mundo se afeiçoasse a ela”, conta o gerente.

    A “pretinha da única”, como a cadelinha acabou ficando conhecida, não demorou para se tornar o mascote da empresa, com direito à craxá de identificação e página exclusiva no site da empresa. Ela até tem o poder de demitir os funcionários que maltratam os animais. Luiz conta que um dos empregado da empresa se demitiu após ser impedido (quase todos os dias) de entrar na garagem de ônibus. “Nós acreditamos que ele possa tê-la chutado e depois disso ela passou a não gostar dele”, explica.

    A delegacia do Retiro também tua sua “pretinha”, a também SRD, há cinco anos, é a responsável por fiscalizar quem entra e sai da 105ª DP. A cadelinha, explica o síndico da delegacia, Marcelo Neto, apareceu um dia e começou a brincar com um dos investigadores da unidade. “Ela o seguia para onde ele fosse e ele passou a cuidar dela. Depois disso, todo mundo aqui acabou se afeiçoando. Ela é levada para tosa, banho e ainda tem o local para dormir aqui na unidade”, explica Marcelo, que destaca ainda que a cadelinha ajuda a tornar mais leve o ambiente. “Ela sempre busca uma pedrinha e deixa no pé das pessoas para que joguem para ela pegar. Acaba ajudando a desestressar os policiais e as pessoas que estão aqui, quase sempre em uma situação tensa”, avalia.

    Os casos das duas cadelinhas se repetem por toda a cidade, ainda que o município não conte com a lei que formalize a situação do cão comunitário. As cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, aprovaram, em 2008, a lei que regulamenta as regras de convivência com o “cão comunitário”, casos em que não há tutor específico. No caso da legislação da capital do estado, as pessoas que se prestem a cuidar do animal precisam assumir algumas responsabilidades, como prestar atendimento veterinário, fazer a castração e a identificação do animal.

    “Microchipagem” e abandono

    Para a presidente da ONG AnimaVida, Ana Cristina Ribeiro, a lei do cão comunitário, apesar de bem-vinda, funciona apenas como medida provisória. Ela acredita que, neste momento, é fundamental o investimento em ações de identificação e controle da população de animais de rua. “Quase todos os animais de rua hoje, tiveram um dono no passado, ou seja, foram abandonados. São raros os que estão nas ruas desde de filhote. Por isso, regularizar a situação dos cães comunitários é importante, mas é preciso impedir que os abandonos continuem acontecendo. É necessário, que exista um sistema de cadastro nos municípios, que os animais e os tutores sejam identificados e que os tutores sejam punidos quando forem identificados casos de abandono”, destaca Ana Cristina.

    A presidente do AnimaVida destaca ainda que o processo de esterilização feito pela prefeitura, através do Castramóvel, que no fim deste mês vai castrar 700 animais no Vila Rica e no Alto da Serra, é um passo para evitar abandonos futuros. “Além de evitar que esses animais tenham filhotes no futuro, todos os animais castrados nesse programa tem recebido microchip sob a pelé. O que é necessário agora é criar um sistema, um banco de dados para catalogar todos esses animais e, quando ele for encontrado em situações de maus-tratos, ou abandono, a pessoa possa ser cobrada por isso, responsabilizada”, afirma Ana Cristina.

    Fonte: Tribuna de Petrópolis

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/caes-comunitarios-quando-o-animal-adota-os-tutores/174202911

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