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16 de Junho de 2024
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    Câmara Cível do TJPB reduz astreintes fixadas por magistrado da comarca de Campina Grande

    há 11 anos

    Nesta quinta-feira (04), a Primeira Câmara Especializada Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, sob a relatoria do desembargador José Ricardo Porto, modificou, parcialmente, decisão proferida pelo Juízo de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca de Campina Grande, que, na execução requerida por José Fábio da Silva Leite nos autos da Ação de Indenização, rejeitou impugnação ao cumprimento de decisão judicial arguida pelo Banco Schahin S/A, no que concerne a execução de astreintes, no valor de R$ 323.520,40 (trezentos e vinte e três mil, quinhentos e vinte reais e quarenta centavos).

    O Magistrado de primeiro grau de jurisdição havia, ainda, determinado a liberação imediata de tal numerário em favor do exequente, que já se encontrava bloqueado.

    O Sr. José Fábio da Silva Leite ajuizou a referida demanda indenizatória, com o fito de discutir empréstimos realizados indevidamente em seu nome perante a mencionada instituição financeira.

    Nesse contexto, o Juízo de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca de Campina Grande deferiu liminar, determinando que o estabelecimento bancário suspendesse os descontos efetuados nos proventos do autor, sob pena de multa diária na cifra de R$ 500,00 (quinhentos reais).

    Após todo o trâmite processual da ação de conhecimento, inclusive com sentença transitada em julgado, o promovente requereu a execução das astreintes arbitradas, sob o argumento de que o Banco Schahin nunca cumpriu com a deliberação judicial, pleito que fora atendido pelo Juiz Comarcão.

    O Executado, inconformado, interpôs Agravo de Instrumento, autuado sob o nº 001.2008.020584-0/002, afirmando que cumpriu com a medida liminar, bem como demonstrando a exorbitância e desproporcionalidade do montante que as astreintes alcançou.

    O Desembargador José Ricardo Porto, no momento de análise da tutela recursal, suspendeu, imediatamente, a decisão agravada, para que nenhum valor fosse liberado em favor do Sr. José Fábio da Silva Leite.

    O Juiz de primeira instância, nas suas informações, comunicou ao relator que o alvará, com a quantia já mencionada, já havia sido expedido e liberado.

    No mérito, o relator do recurso instrumental consignou que “o valor das astreintes devidas em razão do descumprimento da medida emergencial, alcançou a quantia de R$ 323.520,40 (trezentos e vinte e três mil, quinhentos e vinte reais e quarenta centavos), ou seja, mais de 100 (cem) vezes o valor total dos empréstimos discutidos no processo de conhecimento”.

    O desembargador José Ricardo Porto, com base nessa desproporcionalidade, proveu parcialmente a súplica de instrumento, concebendo pela “redução do valor executado a título de astreintes da quantia de R$ 323.520,40 (trezentos e vinte e três mil, quinhentos e vinte reais e quarenta centavos) para R$ 10.000,00 (dez mil reais), quantum que não ocasionará enriquecimento sem causa do agravado, tampouco causará a ruína do recorrente.”.

    A decisão do relator foi acompanhada, à unanimidade de votos, pelos demais membros da Primeira Câmara Especializada do Tribunal de Justiça da Paraíba.

    Gecom - TJPB

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