Cartas - 01/06/2011
CASO PALOCCI
Parlamentarismo
O que essa crise palocciana está comprovando é que o melhor regime político para o Brasil seria o parlamentarismo. Nesse caso, se o "primeiro-ministro" Palocci tivesse caído, os partidos conversariam para formar um novo Gabinete e o governo seguiria em frente, sem crise, sem sobressaltos nem chantagens. O atual regime "híbrido", em que parlamentares e partidos cobram um preço a cada momento para deixar o governo funcionar, é caldo de cultura para os aproveitadores de todo gênero, tanto do lado do Executivo como do Legislativo. O País paga um alto preço por um regime que não funciona na prática, a não ser para benefício dos espertalhões de plantão. Bem feito para o PT, que para assegurar o Lula-lá, na época, trabalhou intensamente para sepultar o parlamentarismo, mesmo tendo consciência de que seria o melhor para o Brasil. Ou seja, os interesses pessoais de Lula e do PT primeiro, os do Brasil depois, bem depois. Agora que provem de seu próprio veneno.
RENATO PIRES
repires@terra.com.br
Ribeirão Preto
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Tiro pela culatra
Acho que a presidenta Dilma sabe que Palocci é mesmo reincidente e o correto seria demiti-lo. Ao mesmo tempo, não faz nada porque é refém de todo esse sistema que ela mesma ajudou a construir, e ainda agora com o ex tomando conta do governo, afrontando a sua autoridade. Aquela ideia de durona, mandona, é tudo conversa fiada. Com certeza a presidenta terá muita dificuldade para governar por causa do próprio fogo amigo, dentro de casa.
MARCOS ANTONIO SCUCUGLIA
sasocram@ig.com.br
Santo André
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Dilema
Dona Dilma, a solução é bem simples: quem precisa de blindagem não pode ser ministro, aliás, nem deveria ter sido nomeado. Se pensa no povo, a alternativa é única; se pensa no partido, o dilema continuará. O que é dolorido deve ser feito rapidamente e os bons resultados logo florescerão.
TADAIUKI YAMAMOTO
tadai@ig.com.br
São Paulo
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Paloccigate
Como disse o genial Napoleão Bonaparte: "Na política ninguém se limpa daquilo que envilece".
J. S. DECOL
decoljs@globo.com
São Paulo
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Mujica
Foi noticiado que o presidente uruguaio, José Mujica, só tem um Fusca velho e uma casa muito modesta. Sugiro que ele entre em contato com o ministro Palocci para uma consultoria. Logo, logo, o seu patrimônio será multiplicado por 20. Simples assim.
KÁROLY J. GOMBERT
gombert@terra.com.br
Vinhedo
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Contestações
A matéria Empresa contrata amigo de Palocci e ganho dispara (29/5) pede esclarecimentos. O faturamento das vendas ao governo federal, sempre por licitação pública, cresceu algo como 30 vezes em cinco anos, mas não chega a 1% do faturamento da empresa. Portanto, não está correto, e atinge injustamente a SBS, dizer que o faturamento da empresa inteira cresceu 30 vezes por suas vendas ao governo. A SBS é uma empresa de 25 anos, com 350 funcionários, 40 livrarias e uma editora de livros especializados. Independe das vendas a governos para se sustentar e crescer. Redes privadas de livrarias adquirem de nós o equivalente de três a seis vezes, cada uma, ao faturamento obtido em licitações federais. A propósito, a alta do faturamento em licitações explica-se pelo restrito volume com que se iniciou - o que pode ser comprovado pelos números da própria reportagem. De 2008 em diante esse faturamento se manteve no mesmo patamar.
JOSÉ MANUEL VICENTE , diretor-gerente da SBS Special Book Services
jvicente@sbs.com.br
São Paulo
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A respeito da mesma matéria, tenho a declarar: 1) Há 23 anos sou profissional do ramo editorial e livreiro; nestas duas décadas exerci atividades que me qualificaram para trabalhar na área comercial e acadêmica; nesse período fundei a Livraria M&F, adquirida em 2008 pela rede SBS; 2) qualquer empresa pode vender ao governo via pregão eletrônico pelo site www.comprasnet.gov.br, desde que apta a participar com propostas; vence sempre o menor preço; 3) em 2003 recebi convite para ser diretor de administração e finanças do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); saí em 2005 e voltei ao mercado livreiro; todas as prestações de contas do Ipea, sob minha responsabilidade, foram aprovadas pelos órgãos de controle; 4) informar aos leitores que fiz crescer 30 vezes as vendas da SBS para o governo porque sou amigo de Antônio Palocci avilta e faz desmerecer meu percurso profissional. Minhas relações com a universidade e pesquisadores somam mais de 30 anos; 5) aceitei prestar serviços exclusivamente administrativos à empresa Projeto, pelo período de seis meses, com salário fixo e registro em carteira; 6) em fevereiro fui convidado a trabalhar na Finep pelo professor Glauco Arbix; minhas Declarações de Imposto de Renda estão registradas na Receita Federal, no RH da empresa e à disposição da Comissão de Ética do governo.
CELSO DOS SANTOS FONSECA
celso.fonseca@hotmail.com
São Paulo
N. da R. - A reportagem trata exclusivamente dos contratos com o governo federal.
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ANÚNCIOS PARA CRIANÇAS
Proibição gera distorções
Muito oportuna a matéria Anúncio para crianças deve ser responsável (31/5), em que o vice-presidente da Associação Brasileira de Anunciantes comenta a pesquisa divulgada no dia anterior por esse jornal. O assunto vem sendo objeto de debates em vários foros e nossa posição é bem clara. Acreditamos que toda proibição causa mais danos que benefícios, pois tira do cidadão o acesso a informações relevantes que certamente o auxiliam na tomada de decisão. Mesmo que crianças e jovens tenham direito à proteção enquanto consumidores, a História mostra que toda legislação baseada em proibição gera distorções. Defendemos enfaticamente a educação e a informação como os principais canais para ajudar os consumidores no processo de tomada de decisões. De outro lado, cabe aos pais a tarefa fundamental de orientar e educar os filhos, atividade que não pode ser terceirizada ou mesmo delegada.
PATRICIA BLANCO , presidente executiva do Instituto Palavra Aberta
patriciablanco@palavraaberta.org.br
São Paulo
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"E então Cícero diria: ‘Até quando zombarás da Dilma e do povo brasileiro?’"
JORGE PEIXOTO FRISENE / SÃO PAULO, SOBRE O CASO PALOCCI
jpfrisene@zipmail.com.br
"A censura ao ‘Estadão’ também foi acidente?"
EDUARDO HENRY MOREIRA / SÃO PAULO, SOBRE A DECLARAÇAO DE SARNEY A RESPEITO
DO IMPEACHMENT DE COLLOR
henrymoreira@terra.com.br
"Do jeito como andam as coisas na região, logo, logo, não sobrarão nem árvores nem ambientalistas"
JORGE ZAVEN KURKDJIAN / SÃO PAULO, SOBRE A AMAZÔNIA ‘LEGAL’
zavida@uol.com.br
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TEMA DO DIA
Sindicatos negociam fim dos cobradores
Profissionais de SP poderão ser realocados como mecânicos dos ônibus ou manobristas em pátios
"Resta torcermos para que todos usem o Bilhete Único, pois se o motorista tiver que cobrar, dar troco e liberar a catraca..."
HECTOR THYSO
"E eu prevejo aumento do índice de acidentes automobilísticos envolvendo transporte coletivo." ANA FLAVIA GUELERE
"Mais uma profissão a menos, mais desempregados no Brasil, e assim começamos a voltar a ser o país do desemprego."
RODOLFO VICENTE
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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br
SARNEY E O IMPEACHMENT DE COLLOR
Segundo José Sarney, o impeachment de Fernando Collor foi "um acidente que não deveria ter acontecido na história do Brasil". Ledo engano. O verdadeiro acidente que não deveria ter acontecido na história do Brasil, foi sem dúvida, a morte de Tancredo Neves, que teve como consequência o ingresso de Sarney na Presidência da República. De lá para ca, Sarney comprovou ser um dos piores políticos que o Brasil já conheceu, uma figura nociva. Um acidente que o Brasil não merecia sofrer.
Adolfo Zatz dolfizatz@gmail.com
São Paulo
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CONGRESSO DE ARAQUE
Esta merece ir para o Guinness! O presidente do Senado, José Sarney, membro também da Academia Brasileira de Letras (ABL), promove uma das maiores ofensas que poderia ser praticada contra o Congresso Nacional, ao não permitir que um painel identificando o impeachment de Collor fosse exposto nos corredores da Casa, como se este fato não fizesse parte da história do nosso Parlamento, que interrompe o mandato de um presidente corrupto. Quem é este Sarney para tentar camuflar a história deste país, assim como será difícil esconder da nossa sociedade, que o Estado natal deste maranhense, e que a sua família impera há décadas politicamente é um dos mais miseráveis da Nação?! Agora o que eu gostaria de saber é por que os senadores da Casa, inclusive da oposição, são cúmplices dessa esbórnia?! Infelizmente, estamos órfãos (porque permitimos) de uma classe política falida, e sem vocação para servir o País...
Paulo Panossian paulopanosian@hotmail.com
São Carlos
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MANILHA COMUNICANTE
Antes tarde do que nunca. Sarney recua da decisão de ocultar a verdadeira história sobre a passagem de Collor pelo governo, na exposição de painéis afixados pelo Senado no "túnel do tempo", passagem que liga as duas Casas do Congresso. Na minha opinião o nome dessa longa passagem, há muito já deveria ter sido trocado para "manilha comunicante". Seria mais adequado, afinal, faz a ligação entre duas fossas.
Humberto de Luna Freire Filho hlffilho@gmail.com
São Paulo
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ACIDENTES
O Sr. Sarney deveria explicar que em 1992 no "acidente" processo do Impeachment de Collor eles, Sarney, Lulla, Collor, Renan, Maluf e outros ainda não tinham loteado o País e a disputa era ainda mais acirrada, tornado "acidentes" inevitáveis. Lembra qual era a opinião do Lulla sobre Sarney? E do próprio Collor em relação a esses dois?
Flávio Cesr Pigari flavio.pigari@gmail.com
Jales
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ELLES SE SUPERAM
Sarney está coberto de razão. O impeachment de Collor foi um acidente e não deveria ter acontecido. No país da impunidade onde já se viu punir um presidente por corrupção. Ora faça-me o favor. Vocês estão querendo acabar com os privilégios e a bandalheira oficial? Este não é o país que os políticos corruptos e as pessoas incomuns queremos para nossos filhos e netos.
Luiz Nusbaum lnusbaum@uol.com.br
São Paulo
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