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5 de Maio de 2024
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    Caso de jovem degolado a mando de facção criminosa tem novas prisões e acusados

    A ação penal que tramita na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande que apura o assassinato de Rudnei da Silva Rocha, conhecido como "Babidi", recebeu desdobramentos nos últimos dias. A acusação protocolou o pedido de aditamento da denúncia para o ingresso de novos acusados, os quais seriam os mandantes do homicídio que teria ocorrido a mando da facção criminosa PCC. Além disso, a ré A.C. da S., que estava foragida, foi capturada, e ainda C.G.N.R., vulgo "Polêmica", que fazia uso de tornozeleira eletrônica, foi presa preventivamente.

    "Polêmica" foi identificada nas investigações policiais como integrante do PCC e responsável pela chamada "disciplina" e respondia ao processo em prisão domiciliar, fazendo uso de tornozeleira eletrônica. Ela teria chamado os demais envolvidos a fazer a "contenção" da vítima, que consiste numa espécie de julgamento e interrogatório de acordo com as normas próprias da facção criminosa.

    O juiz da 1ª Vara do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, decretou a prisão preventiva de "Polêmica" tendo em vista o aditamento de denúncia oferecido pelo Ministério Público, no qual incluiu o nome de quem seriam os superiores dela na facção, o que poderia incentivar sua fuga, a exemplo da ocorrida com A.C. da S., que rompeu o lacre da tornozeleira no dia 16 de fevereiro de 2018.

    Para rever a decisão que concedeu a prisão domiciliar, o magistrado também levou em consideração o fato de, durante a instrução criminal, algumas testemunhas a terem apontado como sendo a responsável por referida função hierárquica, sendo que ela própria admitiu estar vinculada à facção PCC. Além disso, citou o juiz, o próprio delegado do caso e seus agentes que acompanharam toda a investigação “não hesitam em afirmar que ela exercia a liderança na noticiada empreitada criminosa”.

    Assim, decidiu o juiz que “os elementos que, antes, levaram este juízo a decidir por sua prisão domiciliar não mais subsistem, sendo que, neste comenos, a prisão preventiva é medida imperiosa”.

    Já A.C. da S. foi capturada pela polícia e está presa desde o dia 13 de julho no presídio feminino Irmã Irma Zorzi. Ela é acusada de participação no assassinato e decapitação de Rudnei da Silva Rocha e havia sido beneficiada com a prisão domiciliar, em virtude de estar amamentando.

    O processo havia encerrado a fase de instrução penal com o interrogatório dos réus ocorrido no dia 8 de junho. No entanto, depois da juntada de novos elementos informativos pela autoridade policial, o Ministério Público Estadual apresentou o aditamento de denúncia para incluir os denunciados H.R.D.J., vulgo "Moringa", R.S., vulgo "Marlon"/"Artilheiro", R.C. de A., vulgo "XRE/CB 1000", e N.G.E., vulgo "Davi".

    O MP pediu a prisão preventiva dos novos denunciados, cujo pedido foi aceito pelo juiz, pois, “ao que tudo indica, os ora representados estariam em situação de superioridade hierárquica em relação aos já denunciados, sendo os responsáveis pelo interrogatório, por conferência via telefone celular, da vítima 'Babidi', bem como pela ordem final para que esta fosse executada e decapitada”.

    O caso – Consta nos autos que nos dias 6 e 7 de outubro de 2017, na Rua Internacional, nº 170, no Jardim Santa Emília, na Capital, os denunciados A.C. da S., L.C. de S., V.L., R.R.R., R.R.M. da S., C.G.N.R. e M.D.M. da S. teriam submetido a vítima a cárcere privado, "julgamento" e "condenação", que consistiu na sua execução. Segunda a denúncia, Rudnei era traficante de drogas e integrante do PCC, no entanto ele teria se filiado ao Comando Vermelho, facção rival. O grupo é acusado de homicídio triplamente qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

    Processo nº 0009610-17.2017.8.12.0800

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