Cavalcante defende gratificação a PM pela apreensão de drogas

O deputado Delegado Cavancante (PDT) anunciou, durante a sessão plenária desta quinta-feira (20/10) da Assembleia Legislativa, a apresentação de projeto de indicação destinado a modificar a lei de gratificações da Polícia cearense. Ele quer aumentar o valor do benefício aos PMs que resgatarem armas das mãos de bandidos e criar verba a ser liberada para os militares que apreenderem drogas na mesma situação. Hoje, qualquer pessoa que se desfizer de armas, por exemplo, recebe uma quantia em dinheiro. O valor varia conforme o calibre.

Cavalcante disse que a iniciativa de o Governo pagar pelo recebimento desse tipo de produto teve como base um projeto de sua autoria, votado em 2003. À época, Lúcio Alcântara administrava o Ceará. “Estamos passando por uma fase muito difícil no Ceará, com drogas pesadas, que estão matando ou deixando sequelas. As estatísticas são assustadoras”, argumentou.

Segundo o parlamentar, pesquisas indicam que, de cada 100 dependentes de óxi, mais de 30 morrem antes de completarem um ano de utilização da pedra. O pedetista classificou a gratificação como um estímulo para o PM trabalhar com mais afinco na busca de entorpecentes.

Delegado Cavalcante informou que a gratificação por apreensão de drogas em flagrante já existe em Pernambuco e está em fase de implementação em outros estados brasileiros. “Acredito que não vai comprometer os cofres públicos. A partir do momento que se apreende drogas, diminui-se investimentos em tratamentos, cai a evasão escolar e o número de presos”, citou, defendendo ações ostensivas de prevenção à entrada de entorpecentes pelas fronteiras brasileiras.

Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) disse ser a favor de campanhas de desarmamento. “Um dia desses, um pai esqueceu arma numa altura em que o filho podia pegar e o filho atirou na professora e cometeu suicídio”, lembrou.

O deputado Danniel Oliveira (PMDB) reforçou a tese de que o problema está nas nossas fronteiras. “A presidenta Dilma (Rousseff) está bastante preocupada com isso e tem comprado equipamentos modernos. O Brasil não tem cocaína, por exemplo”, comentou.

O deputado Leonardo Pinheiro (PR) também pediu mais atuação nas fronteiras. “As drogas estão se alastrando pelo Interior. O Brasil é uma das principais vias de acesso para as drogas irem à Europa e outros países”, pontuou.

BC/CG