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16 de Junho de 2024
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    Centro do Recife é a bola da vez para o mercado imobiliário - Folha de Pernambuco (Imóveis)

    CONSTRUTORAS estão investindo em lançamentos nos bairros como São José e Santo Amaro. Preço do metro quadrado é de até R$ 5mil

    RICARDO COSTA

    Há dois meses a promotora de justiça Yelena Araújo, 44 anos, trocou de endereço. Deixou para trás o bairro das Graças, Zona Norte do Recife. Mudou-se para o bairro de Santo Amaro. Comprou um apartamento no Edifício Cais da Aurora, prédio erguido pela Construtora Conic. Agora tem uma vista privilegiada para o Rio Capibaribe. E o mais importante: pode ir andando para o trabalho, sem ter que enfrentar o trânsito. Ganhei qualidade de vida, resume a promotora. É justamente de olho nesse público que o mercado imobiliário está apostando as fichas e construindo empreendimentos nos bairros centrais do Recife, como São José e Santo Amaro. O valor do metro quadrado de área construída é um atrativo para o público: até R$ 5 mil. Em bairros como Madalena e Graças, por exemplo, o metro quadrado custa, em média, R$ 6,5 mil.

    Há uma procura clara por qualidade de vida. As pessoas não querem perder horas em engarrafamentos. Querem morar próximo do trabalho e ter serviços ao redor, ressalta o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon-PE), José Antônio Lucas Simon.

    O Centro do Recife, destaca o empresário, reúne esses requisitos. Além disso, oferece áreas disponíveis para a construção de novos empreendimentos. Não temos números. Mas é nítido que o empresariado está voltando a atenção para esses bairros, que têm muito potencial para crescer e um amplo público para consumir. É um mercado promissor, acredita.

    INÍCIO

    A Moura Dubeux Engenharia voltou os olhos para esse mercado e entregou, em 2010, os edifícios Píer Duarte Coelho e Píer Maurício de Nassau, no Cais de Santa Rita. Com 41 andares (134 metros de altura), cada, os prédios ganharam o apelido de Torres Gêmeas. Esse empreendimento foi comercializado rapidamente. Naquele momento, vimos o potencial do Centro do Recife, recorda o superintendente comercial da Moura Dubeux, Tony Vasconcelos. Lançados por R$ 350 mil, os apartamentos das torres estão avaliados, hoje, em R$ 1,4 milhão.

    A empresa faz parte do grupo do Projeto Novo Recife, que prevê a construção de 12 torres (oito residenciais, dois empresariais e dois flats/hoteleiro) edifícios ao longo do Cais José Estelita. Também já lançou duas torres na Rua da Aurora, o projeto Jardins da Aurora, cujos apartamentos terão 247metros quadrados (na planta o valor do imóvel é de R$ 1,2 milhão). Residenciais construídos na Rua da Aurora, que é o caso do Edifício Jardins de Aurora, oferecem uma vista maravilhosa do Rio Capibaribe. Já nos edifícios Duarte Coelho e Maurício de Nassau, a vista é para o mar. Para quem trabalha no entorno, isso significa ficar livre de trânsito, ter mais qualidade de vida, comenta Tony Vasconcelos.

    GANHOS

    Para o gestor de vendas da Construtora Conic, André Luiz de Souza, para quem trabalha nas proximidades, a moradia no Centro do Recife proporciona, além da tranquilidade de não ter que enfrentar o trânsito, redução nos custos. Além de não gastar dinheiro com transporte, no caso de um profissional autônomo, passar horas em um engarrafamento indo ao escritório ou consultório, pode fazer com que ele perca clientes, ou deixe de atender alguém, observa o gestor.

    Saiba mais

    RESGATE - Para André Luiz os novos empreendimentos ajudam a resgatar a história da cidade. Antigamente, era nobre morar no Centro. Trazendo moradores vamos valorizar esses bairros.

    (conteúdo vinculado)

    Escolha sem arrependimentos

    ENTRE 2000 e 2010 o número de moradores do Centro aumentou, em média, 10%

    Entre 2000 e 2010 o número de moradores nos bairros da Boa Vista e São José aumentou, em média, 10%, segundo dados do IBGE. Os novos moradores vieram de outras áreas da cidade ou do interior. A pesquisadora Maria Nilze Barbosa, 61 anos, moradora do bairro da Boa Vista, está incluída nesse percentual. Há 14 anos ela deixou o bairro de Cidade Tabajara, em Olinda, para morar no Centro do Recife. Foi atraída pela comodidade de morar próximo ao trabalho.

    Escolheu o Edifício Piparama, na Avenida Conde da Boa Vista. É muito vantajoso. Médicos, supermercados, teatro, cinema, shopping. Tenho tudo pertinho de casa. Antes precisava pegar dois ônibus. Hoje desço no elevador e resolvo tudo, conta a pesquisadora.

    Já a estudante Anis Clécia de Souza, 19 anos, veio do interior do estado, do município de Bom Jardim, Agreste do estado. Há dois anos mora no bairro da Boa Vista. Vim pra estudar e precisava morar no Centro. Fiquei acostumada a ter tudo próximo. A ir andando para o Derby, onde estudo. Nem penso em me mudar, comenta.

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