Cerca de 60 alunos de faculdades de Direito de Campinas conhecem sede do TRT
Cerca de 60 alunos de duas faculdades de direito de Campinas visitaram o edifício-sede do TRT da 15ª Região na tarde desta quarta-feira, 15/8. Ao todo foram 25 alunos da Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas (Metrocamp) e 35 do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal), recepcionados pela Escola Judicial. As instituições foram representadas, respectivamente, pelos professores Moysés André Bittar e Ana Lúcia Magano Henriques.
Após a foto oficial à frente do prédio, os estudantes seguiram para o auditório do Pleno, no primeiro andar, onde receberam o material institucional e foram acolhidos pelo secretário-geral da Presidência, Paulo Eduardo de Almeida, e pelo juiz auxiliar da Presidência, Edison dos Santos Pelegrini. O secretário deu as boas-vindas aos universitários, e afirmou que sempre é uma grata satisfação interagir com os estudantes. Ao juiz Pelegrini coube a apresentação da estrutura e organograma do Regional, sua administração, sua divisão em turmas e câmaras e as seções especializadas individuais e de dissídios coletivos (1ª e 2ª SDI e SDC). Pelegrini ressaltou o fato de o TRT da 15ª ser considerado altamente produtivo e destacou o atual momento, segundo ele muito positivo, apesar dos desafios, devido ao processo judicial eletrônico (PJe) que começou a ser implantado no início de agosto deste ano.
Depois do vídeo institucional, o desembargador Gerson Lacerda Pistori, que preside a 2ª Seção de Dissídios Individuais, falou aos universitários, em linhas gerais, sobre a estrutura do Tribunal, mas com foco no momento por que passa a Justiça, especialmente a implantação do PJe. Pistori buscou na história exemplos para os alunos compreenderem o espanto de desembargadores, juízes e servidores com a nova ferramenta eletrônica. Segundo Pistori, o PJe é tão diferente de tudo o que até então se conhecia no mundo processual quanto a invenção do livro, em seu atual formato, com capa e páginas, no século XVI. O desembargador afirmou que o processo de papel, como se conhece atualmente, foi idealizado pelo direito canônico no século XII, na tentativa de se buscar a verdade, mas que deixará de ser assim nos próximos anos, e essa mudança afetará, certamente, segundo Pistori, até mesmo os princípios do direito processual.
Após a sessão de julgamentos, que sucedeu a palestra e foi presidida pelo desembargador Gerson, os estudantes seguiram até a Escola Judicial, no terceiro andar, onde visitaram a Biblioteca Délio Maranhão. Depois, no auditório da Escola, foram recepcionados pela vice-diretora, desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani. Em sua rápida exposição, a magistrada falou do papel da Escola Judicial, como um lócus de debate e leitura, lembrando que o estudo para o profissional de Direito é como o oxigênio para a vida.
No final da tarde, na última etapa da visita, os estudantes foram recebidos pelo presidente do TRT, desembargador Renato Buratto, em seu gabinete. Também participaram da recepção o juiz Edison dos Santos Pelegrini, o secretário-geral, Paulo Eduardo de Almeida, e o diretor-geral de Coordenação Administrativa, Evandro Luiz Michelon.
O presidente Buratto disse que ficou honrado com a visita, lembrando que esses encontros trazem oxigenação ao Tribunal. Buratto falou sobre sua carreira de 32 anos, de advogado a desembargador do trabalho pelo quinto constitucional, e afirmou que sua gestão na Presidência está sendo tranquila, apesar de árdua. Próximo da aposentadoria, o magistrado enfatizou a importância de se manter ativo e trabalhando, e fez planos de continuar atuando como advogado.
Os visitantes
A primeira visita ao TRT da estudante do segundo semestre de Direito da Unisal, Karla Koshimizu, teve um sentido a mais. Karla, que já é formada em Fisioterapia, diz que ainda não pensa tão alto na carreira jurídica como o ingresso na magistratura ou no Ministério Público. Por enquanto, sua maior conquista é a posse no TRT da 15ª, como técnico judiciário, nesta quinta-feira, 16. Nos últimos três meses, ela trabalhou como oficial de promotoria no Ministério Público de Campinas.
Para Sandra Tereza Paiva Miranda, aluna do último ano de Direito da Metrocamp, e prestes a se aposentar pela Receita Federal, onde é auditora fiscal, a visita ao Tribunal reforça o sonho de se dedicar à advocacia. Sandra disse que pretende trabalhar no ramo trabalhista, tributário e previdenciário depois que se aposentar.
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