Cigarrinha das pastagens é controlada com fungo biológico produzido pela Empaer
No período das chuvas aumenta a incidência das cigarrinhas das pastagens nas áreas de gramíneas do gênero brachiaria e para combater a praga com eficiência os pecuaristas dos municípios de Dom Aquino, Alta Floresta, Tangará da Serra e Sinop estão aplicando o fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae para controlar a infestação. O fungo é um produto biológico, ideal para o meio ambiente e considerado o mais barato do mercado. Está sendo produzido pelo laboratório da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
O pesquisador da Empaer, Marcílio Bobroff Santaella explica que a eficiência do controle biológico depende do manejo adequado, bem como aplicar o produto nas gramíneas com altura acima de 25 centímetros, no horário certo, geralmente no final da tarde em dias ensolarados. Quando o tempo estiver nublado e com garoa fina, o tempo de aplicação pode ser ampliado. Para aplicar o produto o produtor rural pode utilizar alguns equipamentos como, por exemplo, turbo atomizador, pulverizador costal manual ou motorizado, pulverizador de barra.
Marcílio informa que é importante verificar se a população for superior a 20 insetos por metro quadrado, está passando da hora de aplicar o fungo, pois a capacidade de pastagem com certeza já reduziu em 50%, causando prejuízos na produção de carne e leite. O fungo biológico está sendo comercializado a R$ 12,00 o quilo. A dosagem recomendada é de 1,2 quilos por hectare. O metarhiziu vai agir nas três fases do inseto, ovo, ninfa e adulto. O produtor fazendo o manejo adequado das pastagens terá uma ação eficaz no período das chuvas.
O laboratório está produzindo por semana 800 quilos do fungo entomopatogênico. Bobroff fala que hoje a formulação é composta do fungo mais o arroz parboilizado e estão trabalhando com a nova formulação, que está sendo exigida pelo mercado. A fórmula vai separar o conídio do arroz, transformando em conídio puro misturado com óleo vegetal emulsionável. Inclusive estão desenvolvendo uma máquina para fazer a separação do conídio. Devido mudanças na formulação o produto terá um custo de produção mais elevado, alterando o preço final que será repassado para o consumidor, esclarece Marcílio.
Para mais esclarecimentos entrar em contato no laboratório da Empaer pelos fones : (65) 3648 9270/ 9271.
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