Cobrança da dívida ativa ultrapassa R$ 1,6 bilhão em 2015
O avanço na recuperação dos créditos tributários ocorreu tanto via administrativa, como na fase judicial. Na avaliação do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, os números são altamente positivos levando em conta o momento de recessão na economia brasileira que afeta diretamente a rotina financeira das empresas. “Demonstra todo o esforço do Estado em recuperar estes ativos numa média superior aos outros anos. Do volume de dívidas que é passível de cobrança, estamos agindo de maneira eficiente”, destacou.
Feltes ressalta, ainda, que é preciso somar ao R$ 1,6 bilhão de cobrança da dívida feita no ano passado os resultados alcançados com o Refaz 2015, um programa de quitação e parcelamento que vigorou entre os meses de setembro e dezembro. Neste período, foram arrecadados R$ 600 milhões de dívidas de ICMS. Cerca de R$ 2,2 bilhões em créditos foram regularizados por parte dos contribuintes durante o programa, incluindo dívidas que estavam em cobrança administrativa e judicial.
Devedores estarão sujeitos a protesto em cartório
Uma das apostas da Fazenda para incrementar a arrecadação a partir de 2016 é levar o contribuinte com dívidas ao protesto do tabelionato de sua cidade, assim como qualquer cidadão que não paga suas contas em dia. A ideia é ampliar a eficiência na cobrança dos seus créditos tributários e evitar o acúmulo de processos de execução fiscal na Justiça. Na prática, a partir de janeiro, todo e qualquer valor inscrito em dívida ativa poderá culminar no protesto do responsável, incluindo dívidas de ICMS, IPVA e de ITCD, o imposto sobre herança e doações.
O ponto de partida da Receita Estadual em 2016 é levar a protesto cerca de 10,7 mil empresas e 2,5 mil pessoas físicas. Este contingente é responsável por R$ 1 bilhão em créditos tributários já lançados em dívida ativa e disponíveis para cobrança administrativa. Do rol dos que estarão sujeitos ao protesto fazem parte 841 empresas enquadradas pela Receita Estadual como devedoras contumazes e que já são submetidas ao regime especial de fiscalização. De um volume ao redor de R$ 37 bilhões de dívida (na ampla maioria já judicializado), cerca de R$ 7 bilhões são considerados recuperáveis pelo Fisco gaúcho.
| Cobrança Administrativa | Cobrança Judicial | Totais | |||
| Valores nominais (R$) | Atualizados IGP-DI (R$) | Valores nominais (R$) | Atualizados IGP-DI (R$) | Valores nominais (R$) | Atualizados IGP-DI (R$) |
2010 | 726.898.902,16 | 1.039.353.468,33 | 389.819.090,88 | 554.956.995,88 | 1.116.717.993,04 | 1.594.310.464,21 |
2011 | 674.008.781,67 | 891.158.517,52 | 321.295.540,39 | 423.373.499,70 | 995.304.322,06 | 1.314.532.017,22 |
2012 | 846.825.624,91 | 1.056.231.655,35 | 287.527.976,17 | 354.561.706,52 | 1.134.353.601,08 | 1.410.793.361,87 |
2013 | 869.105.997,52 | 1.022.891.724,55 | 202.408.518,59 | 237.250.719,48 | 1.071.514.516,11 | 1.260.142.444,03 |
2014 | 1.022.617.246,55 | 1.142.553.269,96 | 217.795.448,25 | 243.043.633,81 | 1.240.412.694,80 | 1.385.596.903,77 |
2015 | 1.076.006.479,89 | 1.117.294.400,68 | 542.726.898,77 | 558.442.286,16 | 1.618.733.378,66 | 1.675.736.686,85 |
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| + 30,49% | + 20,93% |
Dados atualizados pelo IGP-DI até 31/12/2015 | ||||||
Fonte: Sistema GMR |
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