Começa vacinação contra febre aftosa de bovídeos de zero a 24 meses de MT

Os pecuaristas mato-grossenses deverão vacinar o rebanho de aproximadamente 11 milhões de bovinos e bubalinos, e 18 mil búfalos, de zero a 24 meses de idade, neste sábado (01.05) até 30 de maio contra a febre aftosa. Os produtores rurais terão até o dia 11 de junho para comunicar a vacinação contra a febre aftosa às 138 Unidades Locais de Execução (ULE), do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), de atendimento ao produtor rural no Estado. Mato Grosso é o Estado brasileiro com o maior rebanho bovino, são 27,3 milhões de cabeças.

Valney Corrêa presidente do Indea/MT lembra será mantida toda a segurança nos municípios de fronteira para impedir que o rebanho mato-grossense possa ser contaminado com a febre aftosa. A nossa expectativa é de cumprirmos todo o cronograma de acompanhamento, pelos nossos técnicos e veterinários no prazo estipulado, “Vou a Minas Gerais para participar junto com representantes das entidades do setor com o governo para que Mato Grosso não precise mais vacinar o seu rebanho e seja considerado livre da aftosa, mas temos que manter os índices atuais.

O superintendente federal do Mapa em Mato Grosso, Francisco Moraes Chico Costa disse que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), responsável pelo programa nacional de vacinação cumpre rigorosamente seus compromissos com a liberação dos recursos nos prazos estabelecidos, garantem estoque de vacinas necessárias no mercado e controle no seu preço. “As ações do governo e o trabalho desenvolvido pelos profissionais do Indea e dos pecuaristas do Estado é fundamental nos resultados alcançados.“

Para Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e do Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa), a responsabilidade em relação à sanidade animal no Estado é de todos. “É muito importante que todos, governo e iniciativa privada, façam a sua parte neste trabalho imunização de todo rebanho dessa faixa etária. A pecuária é um dos pilares da economia de Mato Grosso e precisamos manter forte e saudável, os pecuaristas do Estado estão conscientes em relação à importância da vacinação. A Famato e com os sindicatos rurais atuam junto aos produtores sobre a necessidade da vacinação. “O próximo passo é que o Estado alcance o status de livre de febre aftosa sem vacinação, o setor já está considerando essa situação”.

Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), ressalta o trabalho conjunto dos produtores rurais, as entidades e do governo estadual têm participação efetiva nos ótimos resultados obtidos em todas as campanhas. “Continuamos comprometidos em manter o Estado livre da febre aftosa, e não seja mais necessário vacinar nosso rebanho”.

Segundo o médica veterinária, Daniella Almeida Bueno da Coordenadoria de Controle das Doenças dos Animais (CCDA), a realização da vacinação é de responsabilidade do Indea, com 20 equipes de servidores da instituição para realizar os trabalhos de imunização de aproximadamente 11 milhões de bovídeos, 40% do rebanho do estado, utilizando pistolas oficiais. “A vacinação é obrigatória em todo o Estado e o pecuarista deve comunicar oficialmente em um dos 138 unidades local de execução (ULE), do Indea, até o dia 11 de junho, para evitar o pagamento de multa”.

CAMPANHA DE VACINAÇÃO

Em janeiro de 2010, Mato Grosso completou 14 anos livre da febre aftosa, mas com vacinação. Uma reintrodução da doença no Estado certamente causaria prejuízos econômicos irreparáveis para toda a cadeia produtiva de Mato Grosso. A campanha é coordenada pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder-MT), o Fundo Emergencial de Saúde Animal (FESA), a Superintendência Federal de Agricultura no Estado de Mato Grosso (SFA/MT) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

CUIDADOS ESPECÍFICOS

A campanha de vacinação contra a febre aftosa é de grande importância para a proteção do rebanho mato-grossense. O produtor rural deve tomar cuidados básicos e importantes, na hora de vacinar os animais tais como: reunir o gado nos horários mais frescos do dia, transportar a vacina em caixa térmica com três partes de gelo para uma de vacina, mantendo a temperatura entre 2º e 8º C e não vacinar animais doentes. O local de aplicação correta da vacina é na tábua do pescoço do animal por via subcutânea ou intramuscular, tendo o cuidado de manter a seringa na posição inclinada, quase em pé, com a agulha apontando para baixo. O produtor que possuir animais de alto valor econômico deverá solicitar o acompanhamento do veterinário da sua propriedade no manejo da vacinação.