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16 de Junho de 2024
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    Comissão de Agricultura da AL vai participar de grupo de trabalho sobre febre aftosa

    O deputado Sérgio Turra (PP), vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, ao coordenar os trabalhos da audiência pública, realizada na tarde desta segunda-feira (17) que debateu o status gaúcho de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, solicitou a participação do órgão técnico do Parlamento gaúcho no grupo de Trabalho do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) para tratar da questão do avanço do status do RS.

    A audiência pública, requerida pelo deputado progressista, ouviu entidades e órgão públicos relacionados sobre a necessidade – ou não – de vacinação do rebanho bovino gaúcho e suas consequências. O status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação, entendida como uma meta a ser atingida pela maioria dos participantes da reunião, permitiria o acesso da carne do RS a mercados hoje restritos.

    Foco deve ser montagem de plano de ação
    Conforme o médico veterinário Bernardo Todeschini, chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado, o debate não é novo. Mas alertou que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade que reconhece o status sanitário, exige um enfoque técnico-científico. “O primeiro passo será verificar quais as condições necessárias para o avanço de status – hoje, o Rio Grande do Sul é livre da doença com vacinação. Cada item levantado será checado de maneira quantitativa e, a partir disso, monta-se um futuro plano de ação.” explicou. Ele acrescentou ainda que o cenário vivido no RS é muito diferente, evoluiu muito e tem uma base mais sólida do que no passado.

    O último foco da doença foi registrado no Estado em 2001. Não existe circulação do vírus no território gaúcho desde 2002. No Brasil, somente Santa Catarina tem a condição de livre de febre aftosa sem vacinação.

    Para se enquadrar nas normas exigidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) é preciso cumprir requisitos técnicos que vão da análise do sistema de vigilância sanitária, passando pelo controle eficiente até o volume de recursos necessários para cobrir esses gastos, afirmou o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado (Seapa), Ernani Polo. “No momento em que se para de vacinar, por exemplo, a responsabilidade será toda do governo. Sem um grande consenso, não teremos condições de avançar. O estado, a União e os produtores rurais estão fazendo a sua parte, mas questões como imunização e eficiência vacinal fazem parte de um processo necessário e longo”, advertiu.

    Avançar com cautela
    O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, concordou com o secretário. Conforme ele, é preciso cautela. “Os produtores rurais estão sempre preocupados com esse assunto. Mas qual a segurança que teremos se o Estado suspender a vacinação? Queremos avançar sim, mas com cautela”, indicou.

    Já o presidente da o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli, disse que a decisão deve ser fruto de um consenso, mas que para atingir alguns mercados internacionais, o RS deverá avançar no status sanitário. “Nós estamos vivendo de vendas para mercados externos que compra carne gaúcha e brasileira e perdendo os mercados que querem a carne chamada gourmet, que tem muito mais valor agregado, valendo muitas vezes mais.” ressaltou.

    Por sua vez, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, apresentou os avanços em tecnologia da informação e capacitação de pessoal, depois da formação do fundo em 2005. Também a chefe da Divisão Técnica do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro/RS), Priscila Moser, mostrou a qualificação do trabalho de fiscalização no Estado. Ela informou que 100% dos testes de vacina aftosa são feitos RS, através do Lanagro, em Porto Alegre e na fazenda experimental para o controle e eficácia da vacina, no município de Sarandi.

    O deputado Frederico Antunes (PP), por sua vez, resumiu o entendimento da maioria dos presentes a reunião. “Estamos com receio, ao mesmo tempo que temos certeza que precisamos dar mais um passo em direção à zona livre sem vacinação”, resumiu.

    Também manifestaram-se durante a audiência, o presidente da Associação dos Criadores de Suínos (ACSURS), Valdecir Folador, o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do RS, Zilmar Moussalle, o diretor da Associação Brasileira de Angus, Carlos Augusto de Souza, o presidente da Sociedade de Médicos Veterinários do RS, Ricardo Boher.

    Presenças
    Participaram do encontro, o presidente da Assembleia, deputado Edson Brum (PMDB); o secretário de Agricultura do Estado, Ernani Polo; o deputado Federal Alceu Moreira (PMDB); o deputado Frederico Antunes (PP); o chefe do Serviço de Saúde Animal da Superintendência do Ministério da Agricultura no RS, Bernardo Todeschini; o presidente do Fundesa, Rogério Kerber; o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira; o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli; a chefe da Divisão Técnica do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro/RS), Priscila Moser; o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária do RS, Fernando Groff; representantes de sindicatos, associações e conselhos ligados ao setor agropecuário.

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