Comissão Externa acompanha paralisação nacional dos caminhoneiros

Comissão Externa que acompanha a paralisação nacional dos caminhoneiros deve se reunir, ainda hoje, com os manifestantes para negociação. Desde a última segunda-feira (9), motoristas em todo Brasil voltaram a interditar rodovias.

Segundo o coordenador da comissão, deputado Celso Maldaner, do PMDB catarinense, a nova onda de protestos tem partido, principalmente, dos motoristas autônomos que se sentiram prejudicados com o último acordo fechado com o governo.

"O caminhoneiro autônomo ele está inviabilizado em função do aumento dos custos que houve, o aumento do diesel principalmente. Os financiamentos: os bancos particulares não estão cumprindo com a lei que autorizou, a FEBRABAN já interferiu, aonde todos os bancos teriam que financiar 12 meses de carência para os empréstimos que já foram feitos. E a questão do preço mínimo, que o governo alega que não pode colocar. Então são essas as questões como também os eixos suspensos: São Paulo não respeita a lei, o Paraná não respeita, cobrando pedágio sobre eixos suspensos. Praticamente a pauta é a mesma do primeiro movimento da greve."

O levantamento apresentado pela Polícia Rodoviária Federal apontou que a situação em 125 vias do país já foram normalizadas, sem emprego da força. Mas segundo o deputado, Covatti Filho, do PP do Rio Grande do Sul, 75 por cento dos caminhoneiros da região gaúcha, estão parados em casa.

Isso porque na última terça-feira, a presidente Dilma Rousseff sancionou medida provisória (699/2015) que, dentre outras providências, prevê o aumento de mais de 300 por cento da multa aplicada a quem fizer bloqueio em estradas e rodovias.

Segundo o deputado Celso Maldaner, a audiência de negociação também deve contar com participação dos ministros da casa-civil, Jaques Wagner e das comunicações, Ricardo Berzoini, além de lideranças do Governo.