Conselho de Sentença de Santarém condena a 41 anos de reclusão acusado de assassinato em presídio
A O Conselho de Sentença da 10ª Vara Penal da Comarca de Santarém, em sessão presidida pelo juiz Gerson Marra Gomes, condenouontem, 25, o réu Albertino dos Santos Bentes, conhecido como Pojó, a 41 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado. Albertino é o sétimo acusado a ser condenado por participar da Chacina do Pavilhão B, na Penitenciária de Cucurunã, em julho de 2005.
Os jurados acataram a tese do Ministério Público, representado pelos promotores Rodrigo Aquino e Paulo Roberto Monteiro, de duplo homicídio triplamente qualificado, cumulados com formação de quadrilha, recusando assim a tese de negativa de autoria, representada pelos defensores Emilgrietty Santos e Daniel França.
O outro acusado que seria julgado na mesma sessão, Denis Welverton Silva Souza, não foi encontrado pelos oficiais de justiça, e teve o julgamento remarcado para o dia 15 de março de 2011. Ele estava em liberdade condicional. Albertino, que está foragido, foi julgado à revelia.
No júri anterior, ocorrido em junho deste ano, foram condenados Geovan de Jesus Coutinho, o Neguinho, Aldir dos Santos Sousa, o Nego Bob, José Ribamar Corrêa Farias, o Gibi ou Gago, Raimundo Celineudo de Assis Silva, o Dão, Raimundo Erisson Oliveira dos Santos, o Fela e Damião Romano Mendes, o Damico. As penas somaram mais de 240 anos de reclusão
O próximo júri da 10ª Vara de Santarém será realizado na próxima terça-feira, 30, onde o réu foragido, Jean Márcio dos Santos Silva, será julgado pelo crime de Tentativa de Homicídio contra Raimundo Nonato da Silva, ocorrido em dezembro de 2002, durante o arraial de N. S. da Conceição.
Histórico do Processo
Conforme os autos, dois detentos, condenados por estupro, de prenomes Julciney e Néris, cumpriam pena em Cucurunã, estando na mesma dela de condenados por homicídio e tráfico. Julciney acabou sendo vítima de estupro por parte de um grupo de detentos. Dias após o crime na cela, o grupo decidiu matá-lo para encobrir o estupro. Seu colega de cela, Néris, que foi testemunha do abuso, também teve a morte decretada pelo grupo, que teria escolhido dois detentos para assumirem o crime, ocorrido na ala B do Pavilhão 2. Ainda conforme os autos, uma sindicância realizada pela Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) descobriu que após os assassinatos, os corpos dos dois presos foram levantados como troféus, numa provocação aos detentos da ala A do Pavilhão 2. (Texto: Mariah Paes, estagiária)
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