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5 de Maio de 2024
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    Crime organizado: ameaças contra juízes e promotores

    Não se pode permitir que agentes públicos corram risco de vida por falta de esquema adequado de proteção.

    A sociedade cearense está às voltas com o desafio das ameaças do crime organizado aos poderes do Estado, sobretudo, ao Judiciário e ao Ministério Público.

    Responder com firmeza e eficiência a essa provocação é dever do Governo do Estado e das forças federais, sob pena de ficarmos reféns dos criminosos. Registros de telefonemas, intimidações, invasões de residência de juízes e promotores que atuam no Interior são cada vez mais evidentes. Com isso, os bandidos esperam impedir a ação punitiva do Estado e assim poderem atuar livremente.

    Não há novidade nessa estratégia: vários países enfrentam o mesmo repto dos criminosos, pagando um alto preço pela demora na reação, basta citar os mais rumorosos: México e Colômbia. A pior situação é a dos mexicanos hoje encurralados pelos narcotraficantes.

    O processo que se verifica no Ceará foi "cantado" várias vezes por este jornal. Há anos temos chamado a atenção das autoridades sobre indícios da penetração de redes criminosas pelo Interior. Há estados vizinhos onde esse processo está mais adiantado. Mas o Ceará não escaparia dele. Como agem essas redes criminosas? Pela corrupção, intimidação e infiltração nas instâncias políticas. Ou seja: em primeiro lugar, tentam comprar o apoio ou a omissão dos agentes públicos: funcionários da máquina burocrática. Contra os que são encarregados do combate ao crime - juízes, promotores e delegados - a arma é a intimidação. A outra via de atuação é elegendo testas-de-ferro (prefeitos, vereadores) ou dispensando intermediários, assumindo diretamente funções de representação política.

    Conforme as denúncias da Associação Cearense de Magistrados, o que está mais em curso no Ceará é a tentativa de intimidação de juízes e promotores, através de ameaças de morte ou de invasão às suas residências quando estão ausentes. E isso é inadmissível.

    É preciso que Judiciário, Ministério Público, governos estadual e federal formem uma força tarefa para cuidar da questão imediatamente, pois não se pode permitir que agentes públicos corram risco de vida por falta de um esquema adequado de proteção quando do cumprimento de seus deveres funcionais.

    Fonte: O POVO Online/OPOVO/Opinião

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/crime-organizado-ameacas-contra-juizes-e-promotores/2826901

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