Curiosidades sobre a votação do pedido de impeachment
Confira as curiosidades da sessão histórica do Plenário do último domingo, como quem iniciou a votação, quem esteve ausente e como votaram alguns dos deputados campeões de voto nas últimas eleições
O deputados respeitaram a chamada nominal por estado, iniciando por um do Norte e outro do Sul, alternadamente. A chamada dos ausentes ocorreu logo após esgotados os votos de cada estado. Mas o primeiro a votar foi o deputado Washington Reis, do PMDB do Rio de Janeiro. Doente e sem condições de permanecer em Plenário, Reis estava acompanhado de seu médico e, assim que proferiu seu voto favorável à abertura do processo de afastamento, seguiu para o hospital:
"Senhor presidente, que a partir de amanhã, segunda-feira, Deus possa derramar muitas bênçãos sobre o nosso Brasil, sobre o nosso povo brasileiro. Eu voto a favor."
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, poderia votar apenas ao final, mas optou por respeitar a ordem de chamada de seu estado, o Rio de Janeiro:
"Que Deus tenha misericórdia desta Nação. Voto sim."
Como esperado, o relator do parecer pela abertura do processo, Jovair Arantes, do PTB do Goiás, também votou sim:
"Peço ao povo brasileiro que, através do seu trabalho, respeite, a partir de agora, um Parlamento que sempre defendeu o povo, que é a Câmara dos Deputados da República Federativa do Brasil. Um abraço. Meu voto é sim."
O presidente da comissão especial que analisou a denúncia e aprovou o parecer pela abertura do processo, Rogério Rosso, do PSD do Distrito Federal, acompanhou o voto do relator:
"Em homenagem à harmonia e à independência entre os Poderes, pilar fundamental de nosso sistema, em homenagem ao povo do DF, que recebe a todos de braços abertos e à minha família, meu voto é sim, senhor presidente."
O primeiro voto não, contrário ao processo de impeachment, foi do deputado Edio Lopes, do PR de Roraima:
"O meu voto é contra o prosseguimento do processo de impedimento da senhora presidente da República."
A primeira abstenção foi registrada pelo deputado Pompeo de Mattos, do PDT do Rio Grande do Sul:
"Nem Dilma, nem Temer, nem Cunha. Eu quero eleições limpas, honestas, para mais do que limpar a sujeira, limpar a alma da Nação brasileira. Cumpro decisão do meu partido. Não posso votar a favor, não voto contra. Eu voto pela abstenção e contra a corrupção."
O líder do governo, José Guimarães, do PT cearense, disse que votou em nome dos mais humildes:
"Em nome dos milhões que estão nas ruas, em nome das centenas de milhares que estão em Fortaleza, em nome dos 54 milhões de votos da presidenta Dilma e em nome dos mais humildes, daqueles que estão nos assistindo, é que nós todos dizemos não ao golpe. Pela democracia, meu voto é não, senhor presidente."
O deputado mais votado nas eleições de 2014, Celso Russomano, do PRB de São Paulo, com 1 milhão e 524 mil votos, manifestou apoio ao processo contra a presidente Dilma:
"Não poderia, de forma nenhuma, fazer com que o povo do meu estado se decepcionasse comigo. Pelo meu estado, pela família brasileira, pela minha família, meus filhos, a geração dos meus filhos e a geração dos meu netos, eu voto sim ao impeachment."
Com 1milhão e 16 mil votos, o deputado Tiririca, do PR de São Paulo, foi o segundo mais votado nesta legislatura e, também, disse sim ao impeachment:
"Senhor presidente, pelo meu País, meu voto é sim".
A primeira mulher a votar foi a deputada Maria Helena, do PSB de Roraima:
"Por Roraima e pelo povo brasileiro que foi às ruas, pedindo mudanças e um Brasil melhor. Não podemos desistir do Brasil. Eu voto sim."
Apenas dois deputados se ausentaram por questões de saúde. Aníbal Gomes, do PMDB do Ceará, foi submetido a uma cirurgia; e Clarissa Garotinho, do PR do Rio de Janeiro, solicitou licença maternidade a partir do dia 15 de abril.
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