Cutrim diz que “é uma decisão errada e imatura" retirada de entidades do Conselho da Polícia Civil
Na sessão desta quarta-feira (14), o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) disse que “é uma decisão errada e imatura" a retirada de representantes de entidades do Conselho da Polícia Civil, previsto no projeto de lei do Executivo que reestrutura essa Polícia.
O parlamentar pediu para que a questão seja reanalisada, com a convocação do secretário de Segurança, Jefferson Portela, para debater a proposta. “Que a gente possa discutir de maneira desarmada, para que a Polícia e a sociedade saiam ganhando. Nós não precisamos medir forças com ninguém. Precisamos é aprovar uma lei que atenda o Sistema de Segurança Pública e a sociedade”, afirmou.
Cutrim garantiu que os 42 deputados estaduais maranhenses querem abraçar a causa do Sistema de Segurança, para que consiga crescer e continuar prestando serviço de qualidade. “Todo delegado geral é classe especial. Não queremos retroagir. Isso é um absurdo, querendo colocar como delegado geral um iniciante. Vai preparado, mas e como é que fica a hierarquia e a disciplina? A base do sistema de segurança pública é a hierarquia e a disciplina”, alertou.
O deputado do PCdoB contou que no Piauí um capitão é secretário de Segurança, mas o sistema não vai bem. “O capitão continua sendo capitão, coronel continua sendo coronel. Isto não dá certo. Não pode dar certo este assunto. Então nós buscamos para quê? A nossa ideia é que o delegado geral, ou com mandato, ou sem mandato, tem que ser obrigatoriamente um delegado de classe especial”, defendeu.
Outro ponto abordado pelo deputado foi em relação aos evangélicos e padres que estão no Sistema de Segurança Pública, tanto na Polícia Militar, como no Corpo de Bombeiros e agora na Polícia Civil. “Eu não sou contra. Agora o que eu sou contra é a farda. Eu não vejo com bons olhos você promover um coronel, ou um capitão, ou um tenente, ou major, colocar uma farda e dizer que ele é policial. Ele não pode! Isso aqui eu acho que ele tem que andar à paisana. Isto é uma indignidade que o Estado faz com o profissional, porque ele não está preparado para aquela função. Ele está preparado para evangelizar, para falar da palavra de Deus”, afirmou.
Ele disse que vai mandar um documento para o governador Flávio Dino (PCdoB), alertando sobre a questão.
“Tudo bem, mas não podemos fardar uma pessoa civil e dizer: ‘Olha, você vai ser coronel. Bota aqui as insígnias’. Como é que vai ficar a situação se tem um problema e ele não é policial? Como é que ele vai resolver? Então o policial é de carreira, ele não passou pela Academia, ele não teve um treinamento. Fica até difícil um praça prestar continência, ele não sabe nem o que fazer. Nós não podemos deixar que isso ocorra. Eu sou favorável ter padres no Sistema de Segurança Pública, os pastores, mas de maneira civil”, garantiu.
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.