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17 de Junho de 2024
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    Debandada no meio ambiente

    há 14 anos

    Letícia Nobre

    Em greve, 130 ocupantes de cargos comissionados e de funções de confiança pedem exoneração para pressionar o governo a negociar

    Servidores federais do Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes, Serviço Florestal Brasileiro e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) entregaram, ontem, em frente ao Parque Nacional da Água Mineral, os cargos comissionados e as funções de confiança. A manifestação foi organizada com o intuito de pressionar o governo para atender as reivindicações das categorias. Esses funcionários estão em greve por tempo indeterminado desde 12 de abril.

    Ao longo do dia, 33 servidores entregaram as cartas de exoneração de atividades comissionadas e funções de confiança no Distrito Federal. Em todo o país, o número passa de 130. A expectativa é que pelo menos 170 pessoas façam parte da lista hoje, durante a manifestação prevista para ocorrer em frente ao ministério. Na ocasião, a relação completa de quem pediu a desvinculação dos postos será entregue à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “Não há registro de nada semelhante em greves anteriores no serviço público. São servidores que estão abrindo mão de posições com benefícios porque reconhecem que não há mais condições para continuar o trabalho”, disse o presidente nacional da Associação do Servidores do Ibama (Assibama), Jonas Moraes Corrêa.

    Ele explicou que a maior exigência para o fim da greve é a reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente e a criação de uma gratificação destinada a quem trabalha em áreas de risco. “Tivemos diversas reuniões com o governo desde o começo deste ano e espero que, agora, eles levem a sério as nossas reivindicações. Estamos trabalhando em áreas de risco, sem uma gratificação condizente. Em alguns casos, são áreas de conflito agrário, lugares aonde nem a Polícia Federal vai”, afirmou.

    Os servidores do meio ambiente exigem também que seja feita a transposição do cargo de agente administrativo do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) para o Plano Especial de Cargos do ministério e do Ibama e a retirada do projeto de lei de conversão que congela os salários e os investimentos na melhoria dos serviços públicos por 10 anos.

    Ilegalidade

    O julgamento da legalidade da greve das carreiras de meio ambiente está marcado para 12 de maio, quando a mobilização completa um mês, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na semana passada, a Advocacia-Geral da União conseguiu uma liminar contra a paralisação, argumentando que os servidores não poderiam ficar sem trabalhar, tendo em vista que ainda está em vigor um acordo feito em 2008. Em resposta, a categoria diz que o governo não cumpriu parte do acordo que previa a criação de um grupo para analisar a reestruturação da carreira e, por isso, vai manter os braços cruzados.

    Apesar da imposição judicial de volta ao trabalho, os funcionários mantiveram a greve, mesmo com os pontos cortados e as associações de classe, sujeitas a multas de R$ 100 mil. Essas sanções foram fixadas na decisão do STJ.

    O número: 4.096 - Candidatos deixaram de fazer as provas no Rio e em São Paulo

    Caixa analisa falha

    A Caixa Econômica Federal vai esperar as investigações do Cespe/UnB para decidir se anula o concurso para técnico bancário nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, realizado no domingo. Um grupo de concorrentes que não encontrou o nome nas listas de convocados na Universidade Veiga de Almeida (Rio de Janeiro) e nas Faculdades Metropolitanas Unidas (São Paulo) provocaram tumulto e impediram a aplicação das provas nesses locais. Cerca de 4.096 candidatos ficaram de fora da disputa.

    Segundo eles, o edital de convocação para as avaliações provocou a confusão. Eles reclamaram que foram direcionados ao local destinado aos inscritos para a área de tecnologia da informação e não ao da área administrativa, que era a deles.

    O concurso atraiu 248.688 inscritos para as futuras oportunidades de trabalho nas duas cidades. O cargo exige nível médio e oferece salário de R$ 1.452. Historicamente, a Caixa convoca um grande número de aprovados. Na última seleção, foram preenchidas, pelo menos, 12 mil vagas, boa parte para substituir funcionários contratados irregularmente, os terceirizados.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/debandada-no-meio-ambiente/2182556

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