Debate na ALMG sobre flexibilização de posse de armas e feminicídio tem participação da Defensoria de Minas
A defensora pública Samantha Vilarinho Mello Alves, coordenadora em exercício da Defensoria Especializada na Defesa dos Direitos da Mulher em Situação de Violência, participou de audiência pública promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na quinta-feira (14/03). A reunião foi marcada pela memória do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, que completou um ano na data. O crime até hoje não foi elucidado.
Foram discutidos os riscos da flexibilização da posse de armas para a vida das mulheres e a maioria das participantes concordou que a medida favorece o aumento da violência.
Segundo a presidente da comissão, deputada Marília Campos, até o dia 7 de março foram registrados, no Brasil, 340 casos de feminicídio. A parlamentar ressaltou a necessidade de se ampliar o número de delegacias de mulheres em Minas.
Para a defensora de Minas, Samantha Vilarinho, “compreender a relação entre a flexibilização da posse de armas de fogo e o aumento do número de feminicídios é fundamental”. Ela salientou que o Decreto 9.685/2019, que facilitou a posse de armas, completou dois meses e o número de mortes cresceu “vertiginosamente. Precisamos difundir os números à sociedade e discutirmos a legalidade de tal instrumento legislativo”, afirmou.
Crédito foto: Ricardo Barbosa / ALMG
Participaram também as deputadas estaduais Andréia de Jesus, Ana Paula Siqueira, Leninha e Delegada Sheila; a subsecretária de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Segurança Pública, Andrezza Rafaela Abreu Gomes; a pesquisadora da Fundação João Pinheiro, Letícia Godinho; entre outras autoridades; especialistas e representantes de coletivos e da sociedade civil.
Fonte: Ascom/DPMG, com informações da ALMG (19/03/2019)
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