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16 de Junho de 2024
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    Defesa Civil trabalha para evitar os acidentes com substâncias químicas

    há 16 anos

    A Defesa Civil do Paraná realiza trabalho preventivo a acidentes com substâncias químicas, principalmente no transporte rodoviário. O Conselho Estadual de Produtos Perigosos, composto por mais de 30 órgãos, fiscaliza veículos nas rodovias. Nos últimos anos foram 67 operações, com orientações, autos de infração e apreensões de veículos por descumprimento da legislação. “É nas estradas que a maioria dos acidentes acontece. Em outubro, cinco casos foram registrados pela Defesa Civil”, diz o chefe da Seção Operacional da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, tenente Eduardo Gomes Pinheiro.

    De acordo com o tenente, neste ano 64 acidentes foram registrados pelo órgão. Desses, 54 aconteceram nas rodovias estaduais e federais. “O número, apesar de menor do que o contabilizado em 2007 (127), preocupa devido ao alto impacto e às conseqüências que os acidentes produzem nas regiões onde ocorrem”, frisou Pinheiro. Entre os impactos estão os danos ao meio ambiente e o risco de morte das pessoas, destacou.

    São aproximadamente 3,5 mil substâncias classificadas como perigosas pela Associação Brasileira de Indústrias Químicas, como álcool combustível, que tem logística para o terminal de inflamáveis de Paranaguá, gasolina, diesel, substâncias corrosivas, explosivas e oxidantes. Para fazer o atendimento, a Defesa Civil tem mais de 70 procedimentos diferentes.

    Os atendimentos, realizados pelo Conselho Estadual de Produtos Perigosos, contam com a colaboração de mais de 30 órgãos, como Secretaria da Agricultura, do Meio Ambiente, Sanepar, Simepar, Ministério Público, Universidade Federal do Paraná, Ibama, Conselho Regional de Química, Polícia Científica, DER, polícias militar e rodoviárias federal e estadual, Exército, Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte.

    O Conselho é composto também por outros oito conselhos regionais, que cobrem os 399 municípios paranaenses. Dispõe ainda de um Plano Estadual de Produtos Perigosos, que reúne informações para facilitar as atividades de prevenção e de atendimento aos acidentes. O Plano estabelece procedimentos que proporcionam o atendimento integrado às ocorrências, complementando os serviços oferecidos por um ou outro órgão e resultando na diminuição dos danos causados pelos acidentes.

    Entre as ações estão o gerenciamento de trânsito nas imediações, socorro às vítimas, estabilização do impacto ambiental, interrupção do fornecimento de água e evacuação da área. “Quando chegamos na área de isolamento, olhamos com binóculos para identificar o produto através da sinalização do caminhão. Uma pessoa que não tem conhecimento e se depara com um acidente deste, se não souber identificar que o produto é perigoso e tentar dar auxílio, corre o risco de morrer”, disse o tenente.

    Este é um dos principais motivos para a identificação da substância perigosa com placas nos caminhões. “Para o transporte desses produtos, é necessária uma identificação especial. Todas as substâncias são perigosas, mas alguns tipos podem matar se inalados. Se não houver o padrão de identificação, as pessoas que estiverem próximas podem morrer, assim como aqueles que forem prestar socorro”, salientou o tenente.

    Por isso, frisou Pinheiro, é importante que as pessoas mantenham distância do acidente e acionem as autoridades imediatamente, tentando passar as informacoes das placas, que são padronizadas em todo o mundo. Os telefones de emergência são: Corpo de Bombeiros, 193, e Defesa Civil, 199.

    PRECAUÇÕES – Para evitar acidentes com substâncias perigosas, a Defesa Civil alerta sobre a correta armazenagem, manuseio e, principalmente, transporte rodoviário das substâncias. Os motoristas precisam ter o curso de Movimentação de Produtos Perigosos, oferecido pelo Sest/Senat, que capacita o condutor para o transporte e dá informações sobre as normas de segurança e a sinalização obrigatória.

    “É muito importante também o comportamento preventivo para transportar a substância porque uma falha não vai implicar em conseqüência só para o motorista”, comentou Pinheiro, ao ressaltar que muitos caminhoneiros sequer têm conhecimento da carga que estão transportando. “Vemos casos desses durante as fiscalizações. O produto pode ser um corrosivo, por exemplo, que implica em risco de vida pra o motorista”, contou o tenente.

    No caso dos empresários, é imprescindível que, além dos programas de treinamento e capacitação, usem uma jornada de trabalho que não submeta o motorista a muitas horas de direção, implicando na perda da qualidade do transporte. “É preciso também ter planos de contingência, que são projetos para o enfrentamento de situações emergenciais. Se houver um acidente com impacto ambiental, por exemplo, o empresário precisa mostrar um plano às autoridades para diminuir os danos causados”, complementou Pinheiro.

    LEGISLAÇÃO – Diferente de muitos estados brasileiros, a legislação paranaense, segundo Pinheiro, prevê o atendimento da Defesa Civil a acidentes com substâncias perigosas também em outras esferas, e não somente na rodoviária. De acordo com o tenente, a decisão foi tomada após acidentes na Petrobrás, explosão de navio com óleo, rompimento de duto na Serra do Mar e navio com vazamento de nafta, por exemplo.

    “Até 1998, tínhamos uma lei que contemplava só o atendimento rodoviário, como ainda acontece na maioria dos estados brasileiros. Em 2001, foi feita a modificação na legislação, e o Paraná, saindo na frente mais uma vez, tem um programa que atende qualquer tipo de transporte, manuseio e armazenagem, principalmente no trabalho preventivo”, explicou Pinheiro.

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