Deputada Eliane Sinhasique denuncia deficiência no atendimento a pacientes com câncer no Estado

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) denunciou novamente na sessão desta quarta-feira (28) os problemas de atendimento na saúde pública do Estado, especificamente na Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre). A oposicionista relatou o caso da senhora Lurdes da Silva Lima, de 63 anos, moradora do seringal Boa Esperança, em Sena Madureira, que está há oito meses em Rio Branco lutando contra um câncer de tireoide.

“O atendimento na saúde pública do Acre piora a cada dia que passa. Dona Lurdes deu entrada na Fundação Hospitalar há oito meses e até hoje aguarda atendimento. Os filhos dela fizeram uma cota para juntar um dinheiro para o exame de biópsia e mesmo assim ela ainda aguarda o atendimento para a retirada do câncer. Isso é um absurdo, aonde vamos parar com tanto descaso. O câncer está consumindo diariamente essa senhora e o governo do Estado não faz nada? ”, questionou.

Para a peemedebista, o governo do Estado trata a Saúde com total descaso. “A situação dessa paciente é desumana, chega a ser angustiante. Como podem fazer um isso com uma senhora de 63 anos? Ver uma pessoa na fila, à espera de um tratamento de um câncer e não fazer nada? Isso é um absurdo, o povo do Acre merece no mínimo respeito”, complementou.

Programa Ruas do Povo

Eliane Sinhasique também fez críticas às obras do Programa Ruas do Povo no interior do Acre. Segundo ela, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento do Estado do Acre (Depasa), tem deixado a desejar na execução dos trabalhos.

“No Loteamento Santa Helena tem uma placa anunciando mais de R$ 9 milhões para as obras do Ruas do Povo que até hoje não foram executadas. Em Sena Madureira, o Depasa atestou que cinco ruas do programa tinham sido executadas e não foram. Por que mentem? Eles dão esperança para as pessoas de um trabalho que não será feito, isso é um absurdo. Se tem dinheiro para executar a obra porque não licitam e fazem o trabalho? Se não tem dinheiro, porque mentem dizendo que as ruas foram pavimentadas? É lamentável esse comportamento dos gestores”, afirmou.

Sobre a greve iniciada pelos servidores do Serviço Social de Saúde do Acre (Pró-Saúde), a parlamentar também se manifestou. A paralisação dos servidores iniciou na última terça-feira (27), como forma de protesto. Eles bloquearam ruas do Centro de Rio Branco e fecharam a ponte Juscelino Kubitschek, uma das principais da capital acreana.

“O que falta é dialogo por parte do governo do Estado. O governo da Frente Popular não dialoga com o trabalhador, essa é a verdade. Como pode um governo que chegou ao poder fazendo paralisação e fechando ruas tratar o trabalhador como um escravo? Onde já se viu um servidor não ter o direito de reivindicar o reajuste pela inflação do seu salário? Pois o meu apoio eles têm. Eu sempre estarei à disposição dos nossos servidores, pois é aqui que eles batem na porta pedindo socorro”, finalizou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac