Deputado Raimundinho da Saúde denuncia constrangimento e humilhação a servidores do Hospital do Juruá
Na sessão desta terça-feira (15) o deputado Raimundinho da Saúde (PODE) voltou a falar sobre os problemas que os servidores do Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, estão enfrentando ultimamente. De acordo com o parlamentar, os técnicos de enfermagem e enfermeiros estariam sofrendo constrangimento e humilhação por parte da direção daquela unidade de saúde.
“É lamentável que em pleno 2018 trabalhadores da Saúde sejam tratados como escravos. Tem profissional no Hospital do Juruá que está lá há mais de seis anos e recebe no final do mês apenas R$ 1.000,00 na carteira. Há três anos negociamos um reajuste salarial com a direção daquela unidade de saúde e ela disse que não tinha condições, conseguimos apenas a redução na carga horária para compensar, isso é um absurdo”, disse.
Ainda segundo o deputado, além da questão salarial, os funcionários enfrentam vários tipos de constrangimentos por parte da direção. “Agora, os trabalhadores estão sendo coagidos, estão sofrendo assédio moral. Eles são diariamente obrigados a assinar acordos individuais e unilaterais pela direção do hospital. Estão sendo tratados na base da ameaça e quando fazem qualquer tipo de questionamento são ameaçados de demissão”, afirmou.
Para Raimundinho da Saúde falta humildade por parte da direção da Associação Nossa Senhora da Saúde (Anssau). Ele informou ainda que o sindicato acionará o Ministério Público do Trabalho na tentativa de resolver o problema.
“Estive lá semana passada e conseguimos reunir 100 trabalhadores na parte de fora do hospital. Junto aos sindicatos, que também estavam presentes, tomamos algumas providências. Decidimos que vamos acionar o Ministério Público do Trabalho para que o mesmo investigue as coações que os funcionários estão sofrendo. Vamos pedir também que o Conselho Estadual de Saúde faça um levantamento da verba pública que está sendo aplicada naquela unidade. Queremos saber como esses recursos estão sendo usados”, frisou.
Para concluir, o deputado informou que a partir da próxima terça-feira (22) os trabalhadores irão iniciar uma greve. “Os enfermeiros irão cruzar os braços. Esse negócio de trabalhar 16 plantões para ganhar R$ 1.000,00 tem que acabar. Se isso não for escravidão eu não sei o que é”, disse o parlamentar.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac
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