Deputados defendem voto impresso nas eleições

O debate sobre o veto à impressão de votos das urnas eletrônicas acabou sendo sobre a lisura das últimas eleições entre defensores da candidatura de Aécio Neves e os defensores da presidente Dilma Rousseff, com acusações de ambos os lados.

O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) disse que seu partido não desconfia dos resultados das eleições, mas quer uma urna mais moderna e que possa haver conferência de votos.

Da mesma forma, o líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), defendeu o voto eletrônico, mas disse que a impressão de votos é importante para o aperfeiçoamento dessa instituição. “Entendemos que há espaço para essa mudança”, disse.

O deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS) disse que os países que utilizam urnas eletrônicas já estão na terceira geração desses aparelhos, e que as urnas brasileiras são da segunda geração. “Elas não têm voto impresso, software independente, nem são auditáveis individualmente”, disse.

Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) lembrou que o PSDB pediu uma auditoria nas últimas eleições presidenciais, mas a conclusão foi que não houve fraudes.

Ele defendeu as urnas eletrônicas, e disse que elas podem ser auditadas por todos os partidos. “É como se quiséssemos que o sistema financeiro tivesse papéis para toda transferência que é feita”, disse.

Custo
A líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), lembrou que seu partido sempre defendeu o voto impresso, e disse que quem tem medo de voto é quem quer ganhar fora das eleições. “A presidente vetou essa proposta por uma questão de custo, e não de seu conteúdo”, disse.

O deputado Silvio Costa (PSC-PE) lembrou que o governo atendeu a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral quando vetou a medida, e que tanto na votação original quanto na votação do veto o governo liberou sua bancada. “Esse é um assunto do Legislativo, e o governo atende a argumentos técnicos, mas não fecha questão sobre isso”, disse.

A sessão ocorre no Plenário Ulysses Guimarães.

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