Deputados Marcel e Capoani apuram perseguição a professores e alunos

O deputado Marcel van Hattem (PP), juntamente com o presidente da Comissão de Educação, deputado Gilberto Capoani (PMDB), participou, nesta segunda-feira (24), de uma audiência com o secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, e a responsável pela Coordenadoria Regional de Educação 01 (CRE-01), professora Maria Luíza de Moraes. O assunto central foram as denúncias, feitas por pais de ex-alunos, de perseguição a professores e a seus filhos no Colégio Paula Soares, localizado em Porto Alegre.

Os pais reclamam que tiveram que retirar seus filhos da escola após a invasão e controle do prédio escolar por parte de grupos instrumentalizados por partidos e movimentos sociais de esquerda. A escola ficou invadida, no ano de 2016, por várias semanas.

Os pais relataram ao secretário estadual de Educação como seus filhos, então alunos, sofreram represálias em função de terem se oposto às diversas invasões. Um deles, conforme narrado por uma mãe, teve que mudar de escola e sequer recebeu notas em um dos bimestres. Por conta disso não houve outra alternativa além de repetir o ano letivo.

A direção atual do Colégio Estadual Paulo Soares, que à época foi conivente com a invasão e a paralização das aulas, também foi denunciada por perseguir alunos e funcionários da escola. “Foi feita uma verdadeira operação limpeza dos alunos que não compactuavam com as invasões”, desabafou um pai que também já transferiu seu filho para outra escola.

Não bastasse a perseguição a alunos em função da resistência feita por seus pais contra as invasões e a favor do retorno das aulas, o secretário da Educação também ouviu casos de perseguição a professores. Em um desses casos foram apresentados indícios de que uma professora, contrária à invasão, acabou por perder parte significativa de seu contrato de horas.

Essa mesma professora deveria participar da audiência, porém foi convocada, uma hora e meia antes, pela coordenadora regional de Educação, Maria Luíza de Moraes, para uma outra reunião, a sós. “Eu interpreto isso como uma inadmissível forma de pressão à professora para que ela não viesse denunciar a perseguição que sofre”, destacou Marcel. Segundo a coordenadora, por estar supostamente “muito nervosa”, a professora não quis comparecer. “Na verdade, a senhora Maria Luíza sabotou a nossa reunião, constrangendo mais uma vez a professora”, denunciou Marcel.

Pais, ainda em 2016, denunciaram casos de irregularidades e perseguições à professora coordenadora Maria Luíza de Moraes, porém sem qualquer encaminhamento. “Estivemos aqui, protocolamos denúncias e nunca nos retornaram para dar alguma explicação sobre o que acontece no Paula Soares”, expressou uma mãe.

Os deputados Marcel e Capoani cobraram do secretário Luís Antônio Alcoba de Freitas providências relativas à situação da professora que perdeu seu contrato e à perseguição a ex-alunos. O secretário comprometeu-se a apurar todas as denúncias recebidas. “Confiamos que o secretário, uma vez conhecedor de tantos absurdos que ocorreram e ainda ocorrem no Paula Soares, irá investigar todos os fatos relatados pelos pais”, disse Marcel ao final do encontro.

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