Deputados reclamam de serviços de telefonia e de internet 3G
Diversos deputados reclamaram hoje dos serviços de telefonia celular e de internet móvel (3G) prestados no País, durante audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
O deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que solicitou a audiência, afirmou que as promoções das empresas de telefonia celular não correspondem à conta recebida pelo consumidor. As empresas deveriam deixar mais claro os valores, disse.
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O parlamentar também reclamou das cláusulas de fidelização contidas nos contratos das empresas. O consumidor muitas vezes não fica satisfeito com o serviço, mas muitas vezes continua com a operadora porque não pode pagar a alta multa de rescisão do contrato, afirmou.
A advogada do Idec, Veridiana Alimonti, respondeu que, no caso de insatisfação com o serviço, o consumidor pode cancelar os serviços sem custos, mesmo fidelizado.
Validade
Hugo Motta reclamou também dos prazos estabelecidos para uso dos créditos do celular pré-pago. Para ele, é absurdo que exista prazo para o uso. O deputado também disse que o serviço 3G muitas vezes não funciona. Essa tecnologia tem que ser rápida e efetiva, destacou.
O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, Eduardo Levy, atribui o problema ao congestionamento das redes em alguns locais.
Além disso, Motta reclamou dos serviços de atendimento ao consumidor oferecidos por telefone pelas operadoras, que seria demorado e não efetivo. Ele sugeriu a criação de grupo de trabalho na comissão para acompanhar melhorias feitas pelas operadoras na qualidade dos serviços.
Preços
O deputado Júlio Campos (DEM-MT), outro dos autores do requerimento de realização da audiência, disse que o serviço de telefonia celular ainda é um dos mais caros do mundo e questionou quando o serviço vai efetivamente melhorar.
O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, Eduardo Levy, afirmou que o preço caiu, mas que os impostos pagos pelo setor são muito elevados. Em média, 43% do valor dos serviços referem-se a impostos, informou.
Os deputados Aureo (PRTB-RJ) e Salvador Zimbaldi (PDT-SP), por sua vez, criticaram o fato de apenas um executivo representar todas as operadoras, impedindo que os problemas fossem discutidos com profundidade na audiência. As operadoras não têm respeito pelo brasileiro, disse Aureo.
Por fim, o deputado Dr. Ubiali (PSB-SP) contestou informação dada pelo representante das empresas, durante a audiência, de que o número de reclamações relativas aos serviços de telefonia estaria caindo. As reclamações não estão diminuindo. É o consumidor que está desistindo de reclamar, porque não adianta, disse.
A audiência prossegue no Plenário 13.
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