Desigualdade de gênero prejudica economia, diz Banco Mundial
O vice-presidente do Departamento de Redução da Pobreza e Gestão Econômica do Banco Mundial, Otaviano Canuto, declarou há pouco que manter as desigualdades entre homens e mulheres, além de ser moralmente condenável, é também uma burrice econômica. O relatório Igualdade de Gênero e Desenvolvimento, apresentado hoje pela instituição, aponta, pela primeira vez, que desigualdades de gêneros trazem prejuízos econômicos aos países.
Segundo Canuto, o estudo mostra que a produtividade de um país pode subir em até 25% apenas com a eliminação das desigualdades no emprego. Se as mulheres que atuam na agricultura tivessem acesso igual a insumos terra e fertilizantes o produto agrícola subiria em até 4%, acrescentou.
O mesmo relatório mostra que a ascensão de mulheres aos parlamentos estaduais na Índia levou a um aumento dos investimentos em recursos hídricos e à redução da corrupção. Enquanto nos Estados Unidos, a conquista dos direitos políticos por mulheres reduziu a mortalidade infantil em algo que pode chegar a 15%, defendeu Canuto.
Ao analisar os dados apresentados, a deputada Benedita da Silva (PT/RJ) reforçou que o fortalecimento das mulheres, com representação em diferentes níveis, permitirá ao País alcançar a paridade de gênero na reforma política, que para a parlamentar é uma questão fundamental.
O relatório foi apresentado durante o Seminário em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, realizado pela Procuradoria Especial da Mulher da Câmara, no Auditório Nereu Ramos.
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