Dia Mundial da Água alerta para a importância da preservação

Nesta terça-feira (22) comemora-se o Dia Mundial da Água. Este ano, o tema escolhido para celebrar a data foi "Água e Empregos". O objetivo é alertar a população do planeta sobre a importância da preservação da água para a sobrevivência de todos os ecossistemas do planeta.

Na Câmara dos Deputados, existe uma comissão especial que analisa Proposta de Emenda à Constituição que garante a água como direito social (PEC 39/07). O autor da matéria, deputado Raimundo Gomes de Matos, do PSDB do Ceará, afirma que reconhecendo esse direito, o Estado deverá ser responsabilizado pelo provimento de água a toda a população:

"Nós daremos a tranquilidade constitucional de que os gestores têm que dar atenção, não só água para a região urbana, mas também para a região rural. A gente observa que toda essa vulnerabilidade que existe socialmente na maioria nos municípios é porque não existe nenhuma normatização em relação à água, principalmente no setor rural. Os estados possuem empresa de abastecimento de água, mas essas empresas só visam lucro."

O Secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, André Lima, em sessão solene nesta segunda-feira (21) em homenagem ao Dia da Água, na Câmara dos Deputados, ressaltou que é preciso que a Casa priorize uma agenda de desenvolvimento sustentável e possa estabelecer ações concretas para o meio ambiente:

"Precisamos trabalhar a proteção do Cerrado, a proteção da Mata Atlântica, a proteção dos biomas. Trabalhar incentivos econômicos para as atividades sustentáveis, por exemplo, projetos de lei de pagamento por serviço ambiental. Precisamos trabalhar instrumentos efetivos de gestão do território."

Um estudo da organização "Trata Brasil" revela que a cada 10 cidades, sete perdem 30% ou mais da água tratada. O estudo analisou o saneamento nas cem maiores cidades do País. Segundo o estudo, das cidades analisadas, apenas sete perdem 15% ou menos da água faturada, índice apontado como ideal. Isso significa que a água é tratada e se torna potável, mas uma parte dela não é faturada por causa de vazamentos nas tubulações, ligações clandestinas e erros de medição.

Reportagem – Lianna Cosme