Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
27 de Maio de 2024
    Adicione tópicos

    Diferenças entre perfis dificultam adoção no país, afirma juiz

    O juiz Daniel Konder, integrante da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância e Juventude e Idoso (CEVIJ), afirmou que as diferenças entre o perfil dos pais adotantes e das crianças que podem ser adotadas formam um entrave para tentar fechar a conta da adoção no Brasil. O magistrado concedeu entrevista à Globonews no Dia Mundial da Adoção.

    No Brasil, cerca de 8.200 crianças e adolescentes estão na fila para serem adotados, segundo o Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça. Enquanto isso, 41.645 famílias estão habilitadas para adoção, fazendo com que o número de adotantes seja cinco vezes maior do que o de adotáveis.

    “Das 40 mil famílias, 97% querem crianças entre zero e dois anos, uma única criança, branca. Enquanto nós temos nos abrigos crianças com um perfil de idade mais avançada, de adolescentes, por isso a conta não fecha”, explicou.

    Segundo o juiz, as crianças que estão nesse sistema chamado adoção tardia possuem mais de oito anos, concentrando principalmente a faixa etária de 10 a 12 anos de idade, ficando à margem do perfil que o casal ou adotante busca.

    O magistrado informou que, por se tratar de crianças, é preciso atender critérios e requisitos para entrar na lista de adoção como, por exemplo, analisar o motivo que levou a família biológica a abandoná-la e se até mesmo existe a possibilidade dela ser encaminhada para parentes mais próximos.

    “Tudo na infância é prioridade absoluta, tem que ser urgente. O tempo é inimigo da adoção porque nesse tempo o juiz vai analisar um caso concreto, dar uma prioridade pra tentar integrar essa criança à família, mas ele identificando de início que não é possível, vai encaminhar a mesma para uma família adotiva, incluindo o Cadastro Nacional de Adoção.”

    Depois da análise, a família que pretende adotar a criança passa por uma série de entrevistas com profissionais habilitados, entre eles, psicólogos, comissários e assistentes sociais. Eles verificam se a família possui condições de receber. Mas o principal motivo, segundo o juiz, é que as pessoas que pretendem adotar estejam de coração aberto, querendo receber essa criança, desejando proteger e cuidar. Se esses requisitos foram preenchidos, a chance de dar certo é enorme.

    Com relação à burocracia, o juiz afirmou que faz do procedimento, já que é preciso estar tudo dentro da lei para que a adoção seja concluída.

    “Não existe um tempo determinado (para a adoção) mas realmente é um processo que exige algumas peculiaridades, exigências, alguma documentação, ausência de antecedentes criminais, por exemplo, pra saber essa pessoa é apta ou não. O Poder Judiciário fluminense é muito rápido. Em seis meses, com a documentação toda em dia, e sem maiores entraves, a pessoa já está habilitada, já entra na fila.’’

    MM/FB

    • Publicações12259
    • Seguidores1240
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações15
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/diferencas-entre-perfis-dificultam-adocao-no-pais-afirma-juiz/519456604

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)