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5 de Maio de 2024
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    DIRETOR DO GETÚLIO VARGAS ADMITE ERRO MÉDICO NO CASO DE PACIENTE QUE MORREU APÓS ATENDIMENTO NA UNIDADE

    O diretor do Hospital Estadual Getúlio Vargas, Paulo Ricardo da Costa, admitiu que houve erro médico no atendimento de Irene de Jesus Bento, 54 anos, que morreu após dar entrada na unidade no último dia 28 de julho. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (23/08), durante oitiva da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa no Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O erro apontado pelo diretor teria sido cometido pela médica responsável por ter encaminhado a paciente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) apesar dos sintomas de Irene indicarem a necessidade da paciente ser levada para a sala amarela – destinada ao atendimento urgente de casos de gravidade moderada. O hospital fica localizado na Penha, Zona Norte da capital.

    Após a morte de Irene, duas sindicâncias foram abertas: uma pela Organização Social que administra a unidade, a Pró-Saúde, e outra pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Além disso, a Polícia Civil passou a investigar o caso. A Pró-Saúde afastou os oitos envolvidos. Uma enfermeira pediu demissão e dois funcionários foram demitidos, entre eles, a médica responsável pelo atendimento da paciente, identificada como Maria de Fátima. Segundo a direção da unidade, ela quebrou o protocolo de atendimento.

    A comissão solicitou o resultado das duas sindicâncias e vai convidar o médico que assinou o atestado de óbito para prestar esclarecimentos.

    Entenda o caso

    Irene foi levada pelo filho, Rangel Luiz Marques, ao hospital por volta das 14 horas do dia 28 e julho. Ela sentia muitas dores no corpo, não conseguia falar e nem andar e tinha um caroço no pescoço. Antes de iniciar o atendimento, Rangel conta que, devido à demora, resolveu entrar no hospital e filmou alguns funcionários. Os vídeos viralizaram na internet e foram veiculados na imprensa. “Depois de meia hora esperando, tomei essa atitude, implorando por atendimento. Checaram a pressão dela, disseram que não era grave e mandaram a gente levar ela para uma UPA”, contou Rangel.

    Na UPA da Penha, Irene, que é diabética, teve sua primeira parada cardíaca. Diante da gravidade de seu caso, foi encaminhada em uma ambulância de volta para o Getúlio Vargas, direto para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade. Ela teve então a segunda parada cardíaca e morreu por volta das 22h30. “Eu acredito que, se o atendimento fosse todo feito no hospital, ela poderia estar viva agora porque ali tinha toda a estrutura, na UPA não”, lamentou. Na certidão de óbito, o motivo da morte apontado foi acidose metabólica grave, uma conseqüência da diabete.

    O diretor confirmou que não foi feita autópsia para saber o que era o caroço no pescoço da paciente. A família da vítima está recebendo assistência jurídica e pretende acionar os culpados na Justiça. “É para que não aconteça com outras pessoas o que aconteceu com a minha mãe, porque nada vai pagar a vida dela”, disse Rangel. Irene deixou sete filhos, com idades entre 11 e 38 anos.

    Também estavam presentes o representante da Secretaria de Estado de Saúde, Diogo Vieira, a filha e a nora da vítima, Priscila Dias Bento e Erica de Souza.

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