Diretores de quatro hospitais do Rio negam fraude em compra de material
Os diretores hospitais de Ipanema, da Lagoa, do Andaraí e de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, negaram que tenha havido desvio de recursos destinados à compra de materiais nas instituições que representam.
Eles participam de audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle sobre denúncia de que a empresa Extencion Comercial Ltda. não entregava materiais supostamente vendidos para hospitais do estado, conforme reportagem publicada pelo jornal O Globo no mês passado. Outros diretores de hospitais ainda serão ouvidos.
De acordo com coordenador do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Oscar Berro, a maior parte dos desvios estava relacionada à suposta compra de micro-molas empregadas no bloqueio de aneurismas cerebrais.
O diretor do Hospital de Ipanema, Geraldo Di Biasi Filho, afirmou que o hospital nunca comprou nenhum produto da Extencion. O diretor do Hospital do Andaraí, João Marcelo Ramalho Alves, informou que seu hospital já comprou da Extencion produtos que foram utilizados em cirurgias cardiovasculares. Segundo ele, a seleção da empresa foi feita por meio de pregão eletrônico. O diretor administrativo do Hospital da Lagoa, Rogério de Castro, também disse que a unidade não adquiriu nenhum material de neurocirurgia da empresa. Nos últimos cinco anos, o hospital comprou da empresa apenas um único filtro de veia cava, garantiu. Já o diretor do Hospital de Jacarepaguá, Paulo Roberto Fernandes, assegurou que a instituição não fornece nenhum serviço de neurocirurgia. Nos últimos cinco anos, foram adquiridos dessa empresa apenas agulhas e balões para cirurgia vascular, disse.
A audiência prossegue no plenário 9.
Continue acompanhando a cobertura deste evento.
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.