Dissidentes do PSL, podem perder seus mandatos por infidelidade partidária.
Advogados do Presidente estudam uma solução para o caso.
Um grupo de dissidentes do PSL, que se prepara para acompanhar Jair Bolsonaro caso ele mude de partido após dizer que o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), está "queimado para caramba", pode perder seus mandatos por infidelidade partidária.
A quarta-feira assistiu a uma amostra da instabilidade política que poderia acontecer caso Bolsonaro realmente decida sair do PSL: a bancada do partido se dividiu em duas.
Um parte assinou um manifesto em defesa de Bivar, iniciado pelo deputado Júnior Bozzella (PSL-SP). Outros tornaram-se signatários de um texto de Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP), defendendo as mudanças no comando do partido.
A crise também foi o estopim para uma baixa no PSL: Alê Silva (MG) disse no começo da noite que não integra mais a bancada do partido. Ela acusa o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (deputado eleito pelo PSL-MG), de ameaçar sua vida.
Assim como Alê Silva, um grupo de deputados do PSL começou na tarde desta quarta (09) a estudar alternativas jurídicas para manter seus mandatos, caso saiam da legenda acompanhando Bolsonaro.
Para os cargos majoritários (como o de presidente da República, governadores e senadores) não há regra de fidelidade partidária: podem sair quando quiserem, segundo entendimento firmado em 2015 pelo STF.
Advogados do presidente procuram agora construir uma fórmula jurídica para que recursos do fundo partidário migrem para a nova sigla de Bolsonaro, caso ele decida mesmo se desfiliar do PSL.
Caso um grupo de deputados federais decida sair do PSL, o mais provável é que o partido ingresse com ações judiciais no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reter os mandatos. Este poderia ser o caso, por exemplo, de Eduardo Bolsonaro.
As ações seriam sorteadas entre os ministros e julgadas individualmente, caso a caso.
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.