DÍVIDA PÚBLICA SOBE 1,8% EM SETEMBRO, PARA R$ 2,73 TRILHÕES
A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, cresceu 1,8% em setembro deste ano, para R$ 2,73 trilhões, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (26) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em agosto, o endividamento público estava em R$ 2,68 trilhões.
O aumento da dívida em agosto deste ano está relacionado com a emissão líquida de títulos públicos (emissões maiores do que vencimentos) em R$ 13,45 bilhões, à apropriação de juros, no valor de R$ 34,89 bilhões, e também à alta do dólar, que aumentou a dívida externa, cotada e moeda estrangeira.
No mês passado, ainda segundo o Tesouro Nacional, foram emitidos R$ 75,45 bilhões em papéis da dívida federal (ou seja, o governo pegou emprestado), ao mesmo tempo em que foram resgatados (pagos) R$ 62 bilhões. Com isso, a chamada emissão líquida (acima dos vencimentos) somou R$ 13,45 bilhões. Ao mesmo tempo, as despesas com juros totalizaram R$ 34,89 bilhões.
Somente a dívida externa subiu R$ 13,31 bilhões no mês passado, principalmente por causa da alta do dólar. Como a dívida no exterior é cotada em moeda estrangeira, principalmente o dólar, quando estas moedas sobem, consequentemente também aumenta o valor da dívida externa – que somou R$ 145 bilhões no fim de setembro, contra R$134 bilhões no fechamento de agosto.
No início deste ano, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que, após terminar 2014 em R$ 2,29 trilhões, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,6 trilhões no fechamento de 2015. As informações foram divulgadas por meio do Plano Anual de Financiamento (PAF). No mês passado, porém, revisou esse teto para R$ 2,8 trilhões. Ou seja, informou que a dívida subirá mais em 2015.
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna voltou a recuar em setembro – após a perda do grau de investimento pela Standard & Poors. No mês passado, os não residentes detinham 18,85% do total da dívida interna (R$ 487 bilhões) contra 19,14% (R$ 488 bilhões) em agosto.
Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás das instituições financeiras (25,36% do total, ou R$ 656 bilhões em agosto), dos fundos de previdência (20,88%, ou R$ 540 bilhões) e os fundos de investimento (20,08% do total, ou R$ 519 bilhões). No mês passado, os fundos de previdência passaram os fundos de investimentos na participação da dívida pública brasileira.
Fonte: G1
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