Dos Gabinetes- Saretta diz que é preciso encontrar alternativas para impedir exigências impostas para criação de aves

O deputado Neodi Saretta (PT), em seu pronunciamento, na Assembleia Legislativa, falou sobre os problemas que os avicultores catarinenses vêm enfrentando. Em todo o Estado existem centenas e centenas de agricultores que investem na avicultura, principalmente na região Oeste. No entanto, nos últimos tempos o que podemos ver é que um número consideravelmente alto está sendo excluído da integração das empresas avícolas. Essa exclusão deve-se, principalmente, por conta dos altos custos de investimentos que devem ser feitos e arcados, unicamente, pelo produtor rural.

Tendo em vista esse alto custo, de novas melhorias e modernização dos aviários, que chega a ultrapassar os R$ 120 mil, e parte deles, não conseguem assumir dívida tão alta e acabam sendo excluídos da empresa integradora. “É verdade que muitos podem recomeçar, no entanto como recomeçar se grande parte desses integrados, que trabalharam duramente, por mais de trinta anos, já não têm mais forças e idade para tal? Digo isso, pois a maioria dos aviários fechados é de avicultores com mais de 60 anos de idade”, falou Saretta.

As empresas integradoras, por decisão judicial, afirmam não ter vínculo empregatício e o avicultor é “dispensado” recebendo apenas uma média dos últimos 3 lotes. Para Saretta, essa dispensa é injusta, tendo em vista que se dedicaram na criação de aves por muitos e muitos anos. Sabe-se que a venda dos equipamentos usados não lhes renderia mais que 30 ou 40 mil. E, esse valor, não garante o sustento do agricultor idoso.

“Precisamos encontrar alternativas para impedir essa exigência imposta pelas indústrias para a criação de aves. Ou então elas precisam custear, no todo ou na maior parte do que é exigido para o alojamento das aves”, disse o deputado.

Saretta falou ainda sobre a questão da saúde do agricultor que, como o serviço, antigamente, era braçal, acabou culminando num grande número de pessoas com problemas de coluna e, inclusive, respiratórios em decorrência da constante inalação de amônia produzida pela serragem curtida e, também pela fumaça e fuligem dos aquecedores a lenha.

O deputado também questionou que, se as exigências são tantas, não teria a agroindústria um vínculo maior com seus integrados? No entanto, vale lembrar que, em outubro de 2010 o TST julgou ação e decidiu que não há vínculo empregatício entre os avicultores integrados e a empresa integradora que estava sendo demandada.“Sabemos da importância que a avicultura possui para o país e para o mundo, no entanto é urgente encontrarmos formas de amenizar seu sofrimento e encontrar mecanismos de proteção do avicultor e de sua família” finalizou Saretta.

Susana Rigo

Assessora de Imprensa / Deputado Neodi Saretta PT

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