DPU/SP receberá turma de reeducandos
Brasília, 21/12/2012 – Até o final de janeiro de 2013, a Defensoria Pública da União em São Paulo (DPU/SP) deverá receber entre 10 e 15 novos colaboradores que cumprem pena em regime semiaberto no Presídio da Polícia Militar Romão Gomes. Os reeducandos vão trabalhar em áreas como serviços gerais e atividades auxiliares e administrativas.
A iniciativa resulta de parceria firmada entre a DPU, a Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap/SP) e o presídio. O contrato foi assinado pelo defensor público-geral federal, Haman Córdova, em 17 de dezembro, tem validade de um ano e pode ser prorrogado por sucessivos períodos, até o limite de 60 meses.
Para o defensor público-chefe da unidade paulista, Leonardo Henrique Soares, a importância da medida é aprimorar a assistência jurídica prestada pela instituição. “Com o quadro atual, realizamos uma média de 130 atendimentos por dia. A partir do reforço da mão de obra, esperamos aumentar substancialmente o número”, informou o defensor.
A coordenadora de Gestão de Pessoas da DPU, Kátia Bessa, diz que a contratação vai ao encontro da missão da Defensoria. “É um olhar atento a pessoas que têm poucas oportunidades ou não têm, que fazem parte do público-alvo da instituição, inserem-se no público de assistidos. Além disso, é a própria contribuição do Estado em mitigar os efeitos da não ressocialização”, destacou.
Ressocialização
A cada 5 dias trabalhados, os reeducandos terão um dia a menos na pena. Eles receberão bolsa-ressocialização e auxílio para alimentação e transporte. Na avaliação de Kátia Bessa, no entanto, o maior benefício que terão é a inclusão social. “Quando um cidadão que comete um crime entra no sistema prisional, é problema do sistema prisional e do sentenciado. Quando ele sai do sistema prisional, passa a ser um problema de toda a sociedade. A reintegração dele significa a não reincidência ao crime”, afirmou.
Ainda segundo a coordenadora, a experiência com reeducandos na DPU em Brasília tem sido positiva. Os profissionais cumprem o horário de trabalho, são atentos e querem aprender. “Mesmo que haja preconceito inicial, isso tende a ir se desfazendo à medida que se começa a conhecer e conviver com essas pessoas”, esclareceu. O acordo entre a DPU e a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap/DF) foi assinado em setembro de 2012.
Assessoria de Imprensa
Defensoria Pública da União
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