Dra Silvana rebate nota e justifica projeto que retoma OSPB e EMC

A deputada Dra. Silvana (PMDB) lamentou, em pronunciamento durante a sessão plenária desta sexta-feira (21/10) da Assembleia Legislativa, nota publicada no jornal Diário do Nordeste de hoje. A Coluna Comunicado critica o projeto de indicação 285/11 (http://www.al.ce.gov.br/legislativo/tramit2011/pl285_11.htm) de autoria da parlamentar, que reintroduz as disciplinas Organização Social e Política Brasileira (OSPB) e Educação, Moral e Cívica (EMC) no currículo das escolas públicas estaduais de ensino fundamental e médio.

O texto jornalístico classifica a ideia como “estranha” e afirma que a peemedebista não teve o cuidado de consultar pedagogos e outros profissionais da educação antes de propô-la. Também induz o leitor a pensar que o projeto imporá o estilo doutrinário da Ditadura Militar, período em que as matérias foram criadas.

Por conta das acusações, ela pediu direito de resposta ao jornal. “Ninguém ligou para mim para saber se consultei pedagogos. Respeito a pessoa achar estranho. Mas, se acha estranho, seria bom checar. E, se a pessoa que escreveu e não ouviu o meu discurso de ontem aqui, devia ter se dado ao trabalho de ler o projeto”, sugeriu.

Silvana se disse a favor da liberdade de imprensa. Contudo, acusou a coluna de deturpar o conteúdo do projeto. “Já falei nitidamente que não me reporto ao militarismo. Defendo é a reformulação do conteúdo, focando na ética e na cidadania. Não tem nada de voltar à Ditadura”, assegurou.

Em aparte, a deputada Ana Paula Cruz (PRB) declarou apoio à proposta. Segundo ela, as disciplinas colaborarão com a formação política dos jovens. “O objetivo de Vossa Excelência é mostrar aos estudantes a questão da corrupção, por exemplo, para que eles tenham consciência”, previu.

O deputado Danniel Oliveira (PMDB) também postou-se favorável ao projeto, visualizando a possibilidade das disciplinas de OSPB e EMC colaborarem na prevenção ao uso de drogas. “Acho que houve uma má interpretação. Será uma oportunidade para a gente dar ciência política à população. Porque tudo na vida precisa passar pela política”, argumentou.

A deputada Mirian Sobreira (PSB) acha que o retorno das matérias aproximará os jovens da política. “Há um distanciamento ou por desconhecimento ou por um juízo de valor já estar formado. Se o problema são os nomes, que mudem os nomes. Mas as disciplinas têm que fazer parte do currículo”, sublinhou.

Já o presidente da Comissão da Juventude, deputado Júlio César Filho (PTN), avaliou a proposta de Dra. Silvana como uma maneira de banir a corrupção do Brasil. “Sua intenção ficou mais do que clara: é formar nossos jovens politicamente. Tem gente que não sabe em quem votou nem quais cargos serão escolhidos em 2012. A Ditadura está riscada do seu projeto”, frisou.

BC/CG

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