Edegar Pretto participa de audiência em Viamão com críticas ao modelo de Reforma da Previdência
O encontro foi aberto com a apresentação de um vídeo mostrando os principais pontos da reforma, que obrigará, por exemplo, os trabalhadores e trabalhadoras rurais a contribuírem mensalmente com 5% do valor do Salário Mínimo (ante os 2% sobre a produção bruta atual), a desvinculação do reajuste dos benefícios e pensões e aumento do tempo de contribuição e idade mínima para se requerer a aposentadoria.
"Estamos voltando às condições de antes da década de 1980. Temos de desafiar os poderes municipais e estaduais e federações de trabalhadores, pois neste momento não tem como ficar em cima do muro: ou se está ao lado da classe trabalhadora ou contra ela. É uma luta sem siglas partidárias", declarou o presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), lembrando ainda que as mulheres terão de trabalhar mais dez anos com a Reforma.
Edegar destacou também que a medida proposta, como encaminhada à Câmara dos Deputados, trará ainda muitos prejuízos aos pequenos municípios. "Viamão recebeu em 2015, cerca de R$ 93 milhões em repasses constitucionais através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). No mesmo período, aposentados e pensionistas receberam R$ 383 milhões, recursos que foram para o consumo das famílias, direto para a economia da cidade. Com a reforma, que reduzirá a renda dos beneficiários, Viamão sofrerá duplamente", comparou Edegar. Para o parlamentar, os prefeitos deveriam ser os primeiros a se posicionarem contra a medida.
Ao final do encontro, organizado pelo mandato do vereador Adão Pretto Filho, o presidente do ^Legislativo gaúcho convidou os presentes a participarem, na próxima sexta-feira, às 9h, na Assembleia Legislativa, da criação da Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Pública. Também participaram da audiência militantes dos Movimentos dos Trabalhadores sem Terra (assentamento Filhos de Sepé), vereadores do PT, PDT, PSOL e o deputado federal Dionilson Marcon (PT/RS).
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