Em audiência pública, moradores da Região dos Parques clamam por benefícios do poder público

O deputado Wellington do Curso (PSDB) coordenou audiência pública requerida por ele e realizada, na manhã deste sábado (06), na Igreja do Evangelho Quadrangular, na Avenida Principal do bairro Alto do Turu I, município de São José de Ribamar, na área denominada Região dos Parques. A pauta de discussão foi a reivindicação dos moradores relativa a asfaltamento de 70 ruas, que se encontram em péssimas condições, totalizando 36 km.

Além do deputado Wellington, compuseram a mesa de debate os vereadores de São José de Ribamar Moisés Gama (PRB) e Nonato Lima (PDT); o presidente do Pacto pela Paz da Segurança Pública do Parque Vitória, Michael Manoel Pinheiro; o presidente da Associação dos Moradores do Alto do Turu, Wrandemilson Oliveira Santos; o presidente da Associação dos Moradores do Miritiua, Raimundo Pires dos Santos, e o presidente da Comissão Oficial Permanente e Independente dos Moradores do Alto do Turu (COPI), William Sousa Rocha.

Ao abrir a audiência, o deputado esclareceu que estava ali em nome da Assembleia Legislativa do Maranhão para ouvir todos os moradores do Alto do Turu I e adjacências e, posteriormente, cobrar providências das autoridades públicas responsáveis.

“Estamos aqui em respeito a cada um e para dar voz a vocês. Lamento a ausência nessa reunião do prefeito de São José de Ribamar e de representantes do Governo do Estado. Fizemos o convite a todos. Podem contar comigo. Estamos juntos nessa luta. Não é a primeira vez que nos encontramos para debater os graves problemas de infraestrutura dessa região e, particularmente, do Alto do Turu I”, enfatizou Welington do Curso.

Histórico da luta

A denominada Região dos Parques, situada na Grande São Luís, é constituída por dezessete localidades (Parque Vitória, Parque Jair, Parque São José, Parque das Palmeiras, Alto do Itapir acó, Itapiracó, Cohabiano, Jardim das Margaridas, Cohatrac V, Terra Livre, Canudos, Miritiua, Espaço Sideral, Recanto do Turu I e II, Assentamento do Alto do Turu e Vilage Cohatrac), e se estende até o Araçagy, com uma população estimada em mais de 70 mil habitantes. Há anos que a população dessa área reclama da falta de serviços de infraestrutura como, por exemplo, pavimentação das vias, drenagem, rede coletora de esgoto, etc.

Segundo Michael Manoel Pinheiro, recentemente foi protocolado junto à Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Estado Maranhão o projeto de emancipação dessa região, que adotaria o nome de Vitória do Araçagy. “Há anos que lutamos por benefícios do poder público, principalmente de pavimentação e drenagem das ruas dessa região. Somos completamente desassistidos pelo poder público, mas também temos direito a usufruir das políticas públicas, pois pagamos impostos para isso”, argumentou.

“Em fevereiro deste ano, fizemos uma grande mobilização com a interdição de vias para cobrar providências do poder público, nos âmbitos municipal e estadual. Na ocasião, nos reunimos com o então vice-prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB), hoje prefeito, que prometeu fazer o serviço de raspagem e piçarramento de todas as ruas. O governador já esteve aqui e também se comprometeu a realizar os serviços de infraestrutura que reclamamos”, esclareceu Jamys Gualhardo, vice-presidente do Pacto Pela Paz do Alto do Turu.

Debate

Marcelo Matias Simplício Pessoa, técnico em edificação, morador do Alto do Turu I há 3 anos, cobra uma intervenção do poder público. “A situação chegou a um nível de descaso tamanho que, agora, diante desse rigoroso inverno, estamos praticamente sem condições de nos locomover. Receio há qualquer momento, que Deus o livre, alguém precisar e não poder ser assistido por um serviço médico de urgência. Como uma ambulância vai entrar aqui nesse lamaçal e buraqueira?”, protestou.

Andreia de Oliveira, moradora da Rua 17, do Alto do Turu, foi enfática na cobrança. “Estamos cansados de ser humilhados. Para sairmos de casa, temos que colocar o calçado nas mãos. Onde está o respeito à nossa dignidade? Somos cidadãos e temos direitos. No entanto, não estamos sendo respeitados”, salientou.

“Se o comércio não funciona, o capital não gira e com isso todos perdem. O comércio nessa região está praticamente fechando as portas. As pessoas não conseguem se deslocar porque as vias públicas não permitem”, protestou a microempresária e moradora do Alto do Turu Francielma Landim.

Encaminhamentos

Foram aprovados os seguintes encaminhamentos: