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17 de Junho de 2024
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    Em Chapecó, projeto com autores de violência doméstica consegue reincidência zero

    Há seis meses o agente de aeroporto Pedro de Souza Pinto empurrou a enteada que tentava apartar a briga dele com a mãe da jovem. Aliás, as brigas eram constantes. Como Pedro não tinha antecedentes criminais e mantinha um bom comportamento social, entre outras avaliações do juiz, a sentença pela agressão doméstica determinou a participação do envolvido no projeto Refletir, desenvolvido pela Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA), no fórum de Chapecó. Ele ofereceu pagar o valor que fosse necessário para não frequentar os seis encontros quinzenais. Não teve jeito. "Fui para as reuniões obrigado. Hoje gostaria de participar de outras turmas voluntariamente, porque tive uma aula que serve para tudo na vida. O que aprendi nos encontros me ajudou a lidar melhor com situações de conflito do dia a dia em casa, no trabalho e na rua. Estou convencido de que agressão não leva a nada. Só prejudica nossas relações familiares e sociais. Nunca mais houve uma discussão na minha casa", avalia. A psicóloga e coordenadora imediata da CPMA, Andressa Beduschi Borges da Silva, conta que nos encontros são feitas dinâmicas que levam à reflexão e orientação sobre masculinidade, tipos de violência, relação entre cônjuges e promoção da cidadania por exemplo. "De janeiro a setembro deste ano, atendemos 53 homens no projeto Refletir. Nenhum deles cometeu agressão novamente ou qualquer outro tipo de crime. Esse é o nosso principal objetivo: reincidência zero. E, em muitos casos, também conseguimos que eles recuperem a boa convivência familiar e social", destaca. O próximo grupo inicia no dia 14 de novembro. A assessora de gabinete do Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica Liéges Schwendler Johann ressalta que há 2634 processos de violência contra mulher em andamento. Todos entraram este ano. Em razão disso, foram distribuídas 1974 medidas protetivas - 73 a mais do que em 2017 e quase o dobro do efetuado em 2016. "Acreditamos que a maior procura pela Justiça seja reflexo do maior acesso que a mulher está tendo a informações. Por conta disso, é possível que o número de processos e medidas protetivas expedidas também aumente no ano que vem", avalia. Em caso de dúvidas ou necessidade de atendimento, procure a polícia militar pelo telefone 190. Medidas protetivas expedidas 2018 - 1974 2017 - 1901 2016 - 1101 2015 - 1217 Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445 (JP) Textos: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Fabrício Severino
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