Em homenagem no Piauí, Gilmar enfrenta fila para selfies
O Brasil, que já foi o país dos 200 milhões de técnicos de futebol, hoje é o país dos 200 milhões de ministros do Supremo Tribunal Federal. Ou, vá lá, um país de palpiteiros que, na verdade, não conseguem entender direito o que acontece. Nesse cenário, as mesmas razões que fazem do ministro Gilmar Mendes um dos brasileiros mais criticados fará com que ele seja reconhecido, num futuro próximo, como o herói nacional que ele é.
Essa incomum homenagem foi feita pelo advogado tributarista Igor Mauler Santiago, em Teresina, no Piauí — que foi sufragada pelos cerca de 500 advogados e estudantes do IV Congresso de Direito Tributário que o aplaudiram demoradamente e, ao final, formaram longa fila para selfies que quase fizeram o ministro perder o avião para Brasília.
Leia a homenagem feita ao ministro:
“Há homens bravos, mas ignaros. Quando bem-sucedidos – e eles existem! –, lideram vigorosamente legiões de fanáticos, sem saber bem para onde. É só por acaso, ou pela sorte dos liderados, que os conduzem a bom porto.
Há homens preparados, mas tépidos. Estes, ou ficam na promessa, ou – quando vingam – movem-se em eterno ziguezague, aderindo aos poderosos de plantão em busca de palmas ou de moedas.
Há por fim homens intrépidos e sábios. A combinação é rara, e não raro eles são mal compreendidos pelos seus contemporâneos. Mas a eles está reservado um lugar de honra no julgamento da História.
O ministro Gilmar Mendes pertence decididamente a essa terceira categoria.
Numa breve referência pessoal, registro que o conheci em 1992, ano em que entrei na Faculdade de Direito da UFMG e em que esta completava 100 anos. Em comemoração organizou-se um magnífico congresso Luso-Brasileiro de Direito Constitucional, ao qual compareceram juristas consagrados como Jorge Miranda, José Manuel Cardoso da Costa, então presidente da Corte Constitucional portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, atual presidente daquele país, José Afonso da Silva, Lourival Vilanova e Raul Machado Horta.
Foi ali que pela primeira vez vi e ouvi o nosso homenageado, que já ostentava o ar grave, o raciocínio agudo, a exposição límpida e a cultura refinada que tanto o particularizam. Isso tudo – fazia as contas há pouco, ao rever o seu currículo – aos 36 anos de idade!
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