Em sessão solene, Câmara celebra os cem anos da Revolução Russa

A Câmara dos Deputados celebrou, nesta terça-feira (24), os cem anos da Revolução Russa. A homenagem foi proposta pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ), com apoio dos líderes do Psol, Glauber Braga (RJ); do PCdoB, Alice Portugal (BA); e do PT, Carlos Zarattini (SP).

“Celebrar o centenário da Revolução Russa é lembrar que cem anos se passaram, que a condição da sociedade humana hoje é muitíssimo diferente, mas alguns elementos persistem a exigir uma postura revolucionária”, disse Chico Alencar.

A Revolução Russa foi uma série de eventos que envolveu a queda da monarquia czarista e um levante popular, em outubro de 1917, resultando na posterior formação, sob o comando do Partido Comunista Russo, da União Soviética, que durou até 1991.

Na solenidade, estudiosos afirmaram que a Revolução Russa representou ganhos sociais importantes para operários e camponeses, que viviam em um país marcado então pela pobreza e pelo analfabetismo. “É possivelmente a maior revolução da história, só comparável à Revolução Francesa, e transformou o mundo”, disse o historiador Valério Arcari, professor aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

Parlamentares lembraram ainda que a Revolução Russa serviu de inspiração para vários países ao longo desses cem anos. Na opinião das deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Luciana Santos (PCdoB-PE), representa o esforço na defesa da democracia e da justiça social, ideais que permanecem válidos na atualidade.

Em mensagem ao Plenário, apresentada pelo deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ressaltou a importância de registrar esse marco histórico do século 20 e citou a importância das relações entre Brasil e Rússia, especialmente após a formação do Brics – grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Da Redação - RM
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