Em Uberlândia (MG) projeto arrecada ração para Associação de Proteção aos Animais

Para ajudar a Associação de Proteção aos Animais (APA), uma escola de Uberlândia (MG), que fica no Bairro Santa Maria, desenvolveu um projeto e conseguiu arrecadar mais de mil quilos de ração durante três meses. No local, atualmente vivem 190 cães e 88 gatos, que gastam cerca de 50 quilos de ração por dia.

“Os alunos se tornam mais humanos. Eles começam a se importar um pouco mais uns com os outros, porque, além de ser um trabalho com o próximo, eles também trabalham entre si. Nós fizemos várias atividades em comum para arrecadar dinheiro”, explicou a professora Kelly de Oliveira Silva, responsável por desenvolver o projeto.

A ideia de ajudar a APA foi do estudante Ramon de Paula Scheder, que é voluntário na associação desde o início do ano. “No final do ano passado, eu comecei a ir com a minha mãe e gostei. Depois tive que parar de ir por causa da escola. Então dei a sugestão para a professora e ela gostou. Assim nós fomos com a sala até a APA”, afirmou.

Os animais atendidos pela ONG são vítimas de maus-tratos, violência doméstica e sexual, filhotes expulsos de seus lares e fêmeas em risco de gestação. Para um dos voluntários na APA, Thiago Gomes, a iniciativa vai fazer diferença para esses animais. “Infelizmente ocorre muito abandono e nós não temos uma estrutura para suportar. Precisamos fazer essas feiras e temos muitas dificuldades nos abandonos dos adultos, porque não conseguimos a adoção deles”, ressaltou.

Como atividade do projeto, alunos preparam cupcakes e brigadeiros. “Resolvemos fazer os alimentos porque queríamos arrumar alguma forma de arrecadar dinheiro para doar ração para a APA”, disse a estudante Gabriela Fernandes Nóbrega.

Durante uma feira de ciências, os doces foram vendidos e todo o dinheiro arrecado foi destinados para a compra de ração para a ONG. Além disso, estudantes tiveram a oportunidade de adotar animais no evento. “Constatamos que, por incrível que pareça, muitas pessoas preferem adotar filhotes e não se importam com o sexo”, contou a aluna Maria Laura Soares.