Endividamento
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o endividamento de Goiás entre 1991 e 2009 definiu durante reunião na manhã desta terça-feira, 8, que vai aguardar novas informações dos pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e dos analistas do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para definir datas e testemunhas que serão convocadas para oitivas. O presidente Cláudio Meirelles (PR) disse que os novos dados poderão ser divulgados pelos consultores técnicos na reunião do dia 22 de junho.
Os deputados-membros aprovaram requerimento encaminhado pela Fipe, que solicita ao TCE acesso ao balanço geral e às contas do governador durante o período entre 1993 e 1997. A coordenadora dos trabalhos da fundação paulista para a CPI do Endividamento, Ana Paula Paulino da Costa, disse que necessitava do acesso aos dados para dar continuidade à confecção do relatório.
Cláudio Meirelles afirmou que os deputados-membros estão preocupados com a aproximação do encerramento dos trabalhos da CPI e o início efetivo do processo eleitoral. De acordo com ele, será difícil equilibrar as atividades da comissão com o compromissos políticos que vão se avolumar a partir desta quinta-feira, 10, data em que começam as convenções partidárias para definição das candidaturas.
"Muitos deputados são candidatos à reeleição. Há uma preocupação muito grande de não deixar que a CPI seja utilizada como ferramente eleitoreira. Há sempre o risco de todo o trabalho que tem sido realizado, com transparência e isenção, seja utilizado como argumento político. Não queremos que isso ocorra", afirmou Meirelles.
O presidente da CPI disse que, dado o cronograma apertado, não haverá muitas oportunidades para extensas oitivas. De acordo com ele, assim que as informações analisadas pelo TCE e pela Fipe estiverem disponíveis, deverá ser convocado pelo menos o titular da Secretaria da Fazenda, Célio Campos, para prestar esclarecimentos.
"A demanda por convocações dependerá das dúvidas que surgirem dos relatórios produzidos pelo TCE e pela Fipe. Não haverá tempo para ouvir muita gente. A preocupação é ouvir as pessoas certas e sanar todas as dúvidas que porventura surgirem", informou o presidente da CPI.
Dúvidas
O relator Honor Cruvinel (PSDB) afirmou que a convocação de autoridades de outras gestões dependerá exclusivamente das dúvidas que surgirem após a divulgação dos relatórios. De acordo com ele, há dados divergentes dentro da documentação analisada.
"Convocaremos com o único objetivo de esclarecer quaisquer dúvidas que apareçam nos relatórios. Só vamos convocar para oitivas caso os dados não demonstrem por si as informações que forem necessárias para a elaboração do relatório final", afirmou Honor.
O deputado Marlúcio Pereira (PTB) também disse que se preocupa com convocações vazias. De acordo com o petebista, a CPI precisa se concentrar em tudo o que for concreto e convocar as testemunhas para esclarecer pontos que não ficarem claros.
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