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19 de Maio de 2024
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    Epidemia de dengue está a caminho de MG, constata comissão

    Apesar das ações dos governos Federal e Estadual e das administrações municipais, vem aí uma epidemia de dengue de grandes proporções em Minas. Esse prognóstico ficou claro na audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizada nesta quarta-feira (18/3/09). Na reunião, solicitada pelos deputados Carlos Mosconi (PSDB), presidente da comissão, e Carlos Pimenta (PDT), representantes dessas três esferas de governo apresentaram números preocupantes do avanço da doença no Estado.

    Dados oficiais da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que Minas Gerais já registrou mais de 13.600 casos este ano, com três mortes. Belo Horizonte, Coronel Fabriciano e Governador Valadares estão entre as cidades que devem enfrentar o maior número de doenças. Na Capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a quantidade de casos notificados (suspeitos) é 300% superior ao mesmo período do ano passado. Já foram confirmados nos três primeiros meses do ano 753 casos, sendo um de dengue hemorrágica e 12 com complicações. Representantes dessas duas secretarias, além do Ministério da Saúde, apresentaram as mais recentes ações governamentais de combate à dengue.

    "É uma situação muito preocupante. As medidas estão sendo tomadas e ainda assim a perspectiva é de uma grande epidemia em Minas", alertou Carlos Mosconi. Já o deputado Carlos Pimenta lembrou que, em 25 municípios mineiros, quatro em cada cem domicílios estão infestados com focos do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegipty, um índice que comprova a existência de epidemia.

    De acordo com o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Marcelo Teixeira Gouvêa, 80% dos focos estão localizados nas residências. "A população está suficientemente informada sobre a dengue, mas o grande desafio é transformar essa informação em atitude", disse ele, que apresentou as ações tomadas pela prefeitura. O secretário alertou, no entanto, que não bastam as iniciativas do poder público, é preciso haver a mobilização de toda a sociedade.

    Suas palavras foram reforçadas pelo coordenador geral do Programa Nacional de Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Evelim Coelho, que chamou a atenção para o aumento da incidência da dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença, em crianças. Apesar do avanço da dengue em vários Estados, como Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo, os dados do ministério mostram que o Brasil, em janeiro e fevereiro de 2009, registra 49% menos casos que no mesmo período do ano passado.

    Vacina ainda demora pelo menos dez anos

    A população vai ter que conviver com a doença por pelo menos mais dez anos. Esse é o prazo mínimo previsto pelos especialistas para a criação de uma vacina. Enquanto isso, as ações precisam se concentrar na prevenção e no tratamento dos doentes. Para o deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), "toda vez que deixamos de tomar as medidas preventivas necessárias, gastamos muito mais com as conseqüências", disse ele, completando que essas ações precisam ser intensificadas imediatamente, já que se espera uma epidemia para este ano. Adelmo e o deputado Doutor Rinaldo (PSB) concordaram que a solução, mesmo que paliativa, passa também pelas mãos da comunidade, que precisa agir para combater os focos do mosquito. O petista sugeriu ainda a participação das escolas para aumentar o comprometimento com a saúde da população.

    Luis Felipe Caram, subsecretário de Estado de Vigilância e Saúde, sugeriu uma lei prevendo a punição para os cidadãos que não tomarem as medidas preventivas contra a dengue em suas casas, sugestão bem recebida pelo deputado Carlos Pimenta. Uma das atitudes da SES, segundo Caram, é a distribuição de 33 mil capas para caixas d'água, criadouros importantes para a larva do Aedes Aegipty.

    Requerimentos - Foram aprovados sete requerimentos durante a reunião:

    * Do deputado Hely Tarqüínio (PV), solicitando uma audiência pública para debater o funcionamento e gargalos do tratamento fora do domicílio, do trabalho de regulação e do chamado SUS Fácil.

    * Do deputado Eros Biondini (PHS), pedindo uma reunião conjunta das Comissões de Saúde e do Trabalho, da Previdência e da Ação Social para receber do subsecretário de Estado de Política Antidrogas, Cloves Benevides, informações sobre o Centro de Referência em Álcool e Drogas de Minas Gerais.

    * Do deputado Adalcleves Lopes (PMDB) solicitando o envio de um pedido à SES para que instale uma unidade da Fundação Hemominas em Caratinga.

    * Do deputado Carlos Pimenta, pedindo a realização de uma audiência pública para debater o funcionamento da Fundação Hemominas.

    * Do deputado Neider Moreira (PPS), solicitando o envio de um ofício ao secretário de Estado de Saúde, Marcus Pestana, pedindo a criação de uma comissão destinada a solucionar conflitos relacionados à saúde pública em Itaúna.

    * Do deputado Carlos Mosconi, pedindo a realização de uma audiência pública para debater a eficácia da ecoescleroterapia, uma técnica que dispensa internação e anestesia para o tratamento de varizes.

    * Também de Carlos Mosconi, solicitando o repasse à SES de correspondência recebida pela comissão, informando que o hospital Governador Israel Pinheiro, do Ipsemg, não realiza há mais de um ano a cirurgia de histeroscopia, para remoção de pequenos pólipos intra-uterinos, por falta de aparelho específico.

    Presenças - Deputados Carlos Mosconi (PSDB), presidente; Carlos Pimenta (PDT), vice; Doutor Rinaldo (PSB), Adelmo Carneiro Leão (PT) e Rosângela Reis (PV). Também participaram da reunião o médico Carlos Eduardo Ferreira; o assessor SES, Francisco Lemos; e a médica epidemiologista da Secretaria Municipal da Saúde, Gilvânia Westin Cosenza.

    Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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