Escola do Trabalhador chega ao sistema prisional brasileiro

A Escola do Trabalhador chegou ao sistema prisional brasileiro. Vinte apenadas em regime fechado do Centro de Reeducação Feminino (CRF), no município de Ananindeua, no Pará, iniciaram os estudos nesta terça-feira (16) com o curso “Criando um Negócio de Sucesso”, uma das 25 ofertas de qualificação profissional do Ministério do Trabalho.

A meta é de que em novembro os cursos de qualificação profissional para detentos sejam implementados nas demais unidades federativas do país. Segundo o Ministério da Segurança Pública, a unidade do Pará foi selecionada como projeto piloto por ter equipamentos necessários para o início das atividades. “A capacitação profissional por meio da Escola do Trabalhador é uma importante ferramenta de ressocialização para os apenados do país, uma vez que proporciona a qualificação para mercado de trabalho no retorno ao convívio social”, explica o diretor de Políticas de Empregabilidade do Ministério do Trabalho, Higino Brito Vieira.

O tema do curso foi escolhido pelas apenadas por se relacionar ao trabalho realizado em uma cooperativa social desenvolvida dentro do CRF. “O curso vai ajudar no empreendedorismo feminino. Foi escolhido como um complemento de qualificação para atuação na cooperativa. O último trabalho realizado por estas mulheres foi a confecção de peças artesanais para o Sírio de Nazaré, manifestação religiosa que atrai milhares de fiéis a Belém, capital do estado”, destaca Mara Fregapani Barreto, coordenadora-geral de Promoção da Cidadania da Diretoria de Políticas Penitenciárias do Ministério da Segurança Pública.

O Centro de Reeducação tem 563 mulheres privadas de liberdade, sendo que 221 delas participam de atividades educacionais e outras 126 realizam algum tipo de trabalho na unidade. As alunas do curso têm entre 18 e 30 anos, com escolaridade média no Ensino Fundamental. A maioria (70%) delas tem filhos com idade entre 2 e 3 anos.

Carteiras de Trabalho - O projeto de levar a Escola do Trabalhador aos presídios brasileiros foi viabilizado por meio de acordo de cooperação entre o Ministério do Trabalho e o Ministério da Segurança Pública. O acordo também prevê a articulação ministerial para a emissão de carteiras de trabalho para os egressos do sistema prisional.

A plataforma de ensino à distância do Ministério do Trabalho já qualificou mais de 80 mil pessoas em 10 meses de funcionamento. Com cerca de 550 mil matrículas, ultrapassou o número de 350 mil alunos inscritos, matriculados em um ou mais cursos disponíveis.

São oferecidos 25 cursos, divididos em 12 eixos temáticos e focados nas necessidades do mercado de trabalho brasileiro. Os cursos são gratuitos e podem ser acessados de qualquer computador do Brasil no endereço http://escoladotrabalhador.gov.br.

Não há pré-requisito nem é exigida escolaridade mínima. O certificado de conclusão é emitido pela Universidade de Brasília (UnB), instituição responsável pela elaboração dos cursos.

Cursos disponíveis na Escola do Trabalhador
Agenciamento de Viagens
Criando um Negócio de Sucesso
Higiene na Indústria de Alimentos
Introdução ao Excel
Português Básico para o Mundo do Trabalho
Demonstrações Contábeis e sua Análise
Conhecendo o perfil do Agente Comunitário de Saúde e seu processo de trabalho
Fundamentos e Processos de Gestão de Recursos Humanos
Segurança da Informação
Edição e Tratamento de Imagens
Inglês Aplicado ao Mundo do Trabalho
Cuidando de Pessoas Idosas
Comunicação Escrita para o Trabalho
Elaboração de Folha de Pagamento de Empresas
Análise de Investimentos
Espanhol Aplicado ao Mundo do Trabalho
Análise de Risco na Construção Civil
Empreendedorismo na Pesca
Planejamento de Negócios na Pesca
Gestão da Qualidade
Processos Industriais
Excel Intermediário
Identidade Visual e Gestão de Clientes
Português para Hispano-falantes
Conhecendo a Função de Agente de Microcrédito

Ministério do Trabalho
Indiara Oliveira
Assessoria de imprensa
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