Escolas terão que instalar câmeras de segurança
A Câmara do Rio derrubou ontem um veto do prefeito Eduardo Paes a um projeto de lei da vereadora Rosa Fernandes (PMDB), de novembro de 2011, que estabelece que todas as 1.076 Escolas da rede municipal de Ensino são obrigadas a instalar câmeras de segurança para registrar imagens das principais áreas internas e de acesso.
O texto diz que cada unidade precisa ter, no mínimo, dois equipamentos, mas o número deve ser definido de acordo com a quantidade de Alunos e funcionários. Atualmente, segundo a Secretaria municipal de Educação, 462 colégios - menos da metade - possuem o sistema de monitoramento.
Com o veto, a lei segue para a promulgação. A prefeitura, que não quis comentar a nova regra, terá de cumpri-la ou entrar na Justiça contra o texto. Os 32 vereadores que estavam presentes no plenário votaram a favor da derrubada do veto. O curioso é que a própria Rosa Fernandes não compareceu.
- Tive a ideia do projeto na época da chacina na Escola de Realengo. O fato de haver câmeras que registraram tudo foi fundamental. Além de inibir vandalismo, é importante ter documentado, registrado, quem transita por essas unidades. Não será um custo alto e o próprio colégio tem autonomia para pequenos investimentos - alegou a vereadora.
CPI: reunião na terça
Ontem, o dia foi agitado na Casa. O vereador Eliomar Coelho (PSOL) penou para conseguir um local onde o público possa ter acesso para realizar a primeira reunião da CPI dos Ônibus. Ao fim do dia, ficou enfim definido para às 10h da próxima terça-feira, no salão nobre, o encontro entre os cinco membros que irá definir os cargos na comissão.
- Foi difícil conseguir um local, mas não é isso que irá nos abalar - garantiu Eliomar.
A surpresa do dia ficou por conta do vereador Jorge Braz (PMDB), presidente da Comissão de Redação e Justiça e bispo licenciado da Igreja Universal. Apesar de ser da base do governo, ele fez um discurso pedindo a realização de uma CPI para apurar eventuais gastos públicos da prefeitura com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Acabamos de criar, no Brasil, especialmente no Rio, um apartheid religioso, e isso é muito ruim, isso é muito mau... Será que se fosse um evento espírita, se fosse um evento judaico, um evento evangélico, será que as nossas autoridades fariam o mesmo esforço?
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