Estado garante capacitação e trabalho para famílias carentes

Por Marcelle Colbert, do Núcleo Intranet

Uma iniciativa pioneira que está mudando a vida de 30 famílias carentes. O programa Escola de Família está cumprindo com suas promessas e incluindo socialmente crianças e adolescentes em situação de risco, abandono ou exploração. Os pais dos menores também são beneficiados pelo projeto da Subsecretaria de Governo, que oferece curso de capacitação da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e oportunidade de trabalho. O programa atua nos âmbitos da prevenção e da promoção da saúde e do desenvolvimento humano.

Durante a primeira etapa do projeto, concluída em dezembro, os responsáveis desses jovens participaram da oficina de Auxiliar de Serviços Gerais, ministrada em uma sala concedida pela Fundação Escola de Serviço Público (Fesp). O programa organizou também palestras sobre direitos e deveres dos cidadãos. Os menores, que antes passavam grande parte do tempo nas ruas, agora aprendem e se divertem nos núcleos esportivos da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj). Na segunda fase da iniciativa, os beneficiados serão reinseridos no mercado de trabalho, por meio de empresas e órgãos parceiros do Estado.

- O Escola de Família é decorrente dos projetos CopaBacana, IpaBacana e BarraBacana, programas de ordenamento urbano. Esses bairros eram prejudicados com menores nos sinais de trânsito, prostituição, consumidores de drogas e ambulantes. A Secretaria de Governo decidiu, então, desenvolver uma ação para integrar essas famílias, por sugestão do desembargador Siro Darlan. O programa começou no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Fomos às casas de menores que ficavam nos sinais do bairro e traçamos os perfis dessas famílias. Desde então, o projeto Escola de Família tem transformado vidas - explica o subsecretário de Governo, Carlos Alberto Lopes.

Lançado em outubro de 2008, o programa do governo do Estado do Rio de Janeiro disponibiliza ainda apoio psicológico para as famílias beneficiadas. A ajuda de profissionais especializados contribui para a ressocialização de jovens que vivem nas ruas da cidade e vendem, junto com seus pais, mercadorias em sinais de trânsito.

- Atendemos indiretamente 180 pessoas. Ao longo da primeira fase, oferecemos às famílias condições para que não abandonassem o programa. Durante o período de aprendizagem, que dura cerca de três meses, as famílias carentes recebem cestas básicas e transporte. Em fevereiro, vamos disponibilizar também cursos de cabeleireiro e manicure. No final das especializações, eles receberão o material necessário para trabalhar - afirma o subsecretário.

Em 2009, a pasta pretende aumentar o número de famílias atendidas pelo programa Escola de Família. A meta é continuar ajudando os beneficiados na construção da cidadania, por meio da integração social, da capacitação profissional e do fortalecimento do vínculo familiar.

- O plano para a minha gestão como subsecretário é dar continuidade ao trabalho do projeto Escola de Família; ao Sistema de Gestão de Serviços Públicos por Indicadores (Gespi); ao programa Guerreiros Contra a Dengue; e ao S.O.S Municípios, que auxilia cidades que estão sofrendo com enchentes, por exemplo. Pretendemos lançar ainda ações para diminuir os índices de acidentes envolvendo condutores alcoolizados - anuncia Carlos Alberto.