Estudante relata perseguição religiosa em universidade pública
A professora de história Ana Caroline Campagnolo relatou há pouco, durante debate da Comissão Especial da Escola Sem Partido (PL 7180/14), que entrou com ação de danos morais na Justiça contra a sua orientadora numa pós-graduação de uma universidade pública de Santa Catarina. Ela acusa a orientadora de perseguição religiosa.
Segundo a acadêmica, colegas a “denunciaram” porque ela publicava fotos nas redes sociais com trechos da Bíblia. Num e-mail, a professora alertava: “você se mostra antifeminista e eu estou sendo cobrada por ser sua orientadora. Você pode ser antifeminista, mas não pode negar nossas conquistas.”
Campagnolo disse ter questionado seus colegas o motivo por estar sendo “denunciada”, visto que a universidade é plural. Afirmou que em todas as aulas era sabatinada pela professora e pelos colegas, devido a suas convicções religiosas. Segundo ela, o argumento da professora era o de que, ao se matricular no curso, ela estava sujeita a uma “perspectiva de pensamento”.
“Por quê, se é uma universidade pública? Tive que expor trabalho sobre a misoginia da Igreja Católica mesmo sendo cristã, foi difícil, mas não questionei o livro”, disse. “Como servidora pública, a professora exerce autoridade em sala de aula e abusa desse poder, extrapola esse poder”, criticou.
Campagnolo disse ter sido acusada de "opressora" por colegas e pela professora, e que o pensamento dominante nos cursos de humanas é “esquerdista e anticristão”. “Sofri perseguição ideológica num ambiente público ao qual eu deveria ter amplo acesso. Fui perseguida por coisas que publiquei na minha vida pessoal”, lamentou.
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Reportagem - Geórgia MoraesEdição - Sandra Crespo
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