Ex-policial é condenado a 22 anos de prisão - Folha de Pernambuco (Brasil)
Bola foi responsável pela morte e ocultação do corpo de Eliza
SÃO PAULO (Folhapress) - O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que desapareceu em junho de 2010. Bola, apontado como o executor da ex-modelo, foi o quinto réu julgado pelo crime. O ex-jogador do Flamengo e outros dois réus já haviam sido condenados. Uma pessoa foi absolvida.
Em sua sentença, divulgada na noite do último sábado, a juíza Marixa Fabiane Lopes classificou Bola como agressivo e impiedoso. A magistrada afirmou que, por ter sido policial, o réu tinha plena consciência da gravidade de seu ato, mas, segundo ela, agiu amparado pela certeza da impunidade.
Ao ser interrogado no sábado, sexto dia de julgamento no Fórum de Contagem (MG), o réu chorou. Eu jamais mataria alguém, afirmou. O advogado de Bola, Ércio Quaresma, afirmou que a investigação está incompleta - há suspeita de participação de duas outras pessoas no crime e, portanto, há dúvidas sobre a autoria. A Promotoria argumentou que há registros de ligações telefônicas de Bola para os envolvidos no crime e lembrou que Bruno afirmou, em julgamento, que seu ex-secretário Luiz Henrique Romão, o Macarrão, contratou Bola para matar Eliza.
Ontem, a defesa do ex-policial afirmou que irá recorrer da sentença. Os advogados de Bola vão argumentar que houve irregularidades durante o processo do júri, e que a decisão foi contrária às provas. Logo após o término do julgamento, Ércio Quaresma, atribuiu à Imprensa influência no resultado do julgamento. Outros dois réus - Elenilson Silva, que foi caseiro do goleiro, e Wemerson Souza, amigo de Bruno - ainda irão a julgamento por sequestro e cárcere privado do filho de Bruno e Eliza.
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