FAETEC: VAGAS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR SERÃO REDUZIDAS EM 2019
O número de vagas da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) para a educação superior, no primeiro semestre de 2019, vai ser reduzido em 30%, em relação ao mesmo período de 2018. A informação foi divulgada pelo presidente da instituição, Miguel Badenes, em audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (19/12).
Badenes explicou que no primeiro semestre foram matriculados 928 alunos e no segundo semestre 985. Porém, para o primeiro semestre de 2019 serão ofertadas 662 vagas, quase 300 vagas a menos. A oferta será menor devido a não renovação de contratos de professores temporários. “Boa parte desses contratos era para a educação do Ensino Superior. Para não frustrar novos alunos que iriam se inscrever, passar no concurso e não ter aula por falta de professor, achamos melhor diminuir o número de vagas”, explicou Badenes. Ele pontuou que não será reduzida a oferta nos cursos técnicos, do Ensino Médio e da Educação Infantil.
O presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), solicitou que a Faetec encaminhe para o colegiado a listagem com as unidades, cursos e aulas que serão retiradas da grade escolar do próximo ano. “Precisamos fazer com que a educação seja uma política de estado e não se limite a ações de governo. Encerro hoje um ciclo. Mas deixo as conquistas que a comissão teve para os parlamentares que me sucedem e essas informações também serão encaminhadas para os futuros integrantes do colegiado”, afirmou o parlamentar.
Para o diretor do Sindicato dos Profissionais de Educação da Faetec (Sindpefaetec), Marcos Roberto Baptista Freitas, os últimos anos foram os mais difíceis para a instituição, com atrasos de salários e condições de trabalho ruins. Mas também lembrou algumas conquistas como a garantia de 30 horas semanais para técnicos administrativos e o descongelamento do Plano de Cargos e Salários. E disse que espera melhorias para 2019. “Estamos na luta para conseguir o auxílio alimentação. Somos a única instituição ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia que não tem esse benefício”, afirmou Marcos.
Badenes lembrou que a instituição chegou a dever R$ 250 milhões para fornecedores e prestadores de serviço como limpeza e merenda. Segundo ele, as greves de professores fizeram com que muitos alunos mudassem de escola, mas a situação melhorou a partir de 2018. “Começamos a normalizar tudo no início desse ano, inclusive salários de terceirizados, que chegaram a ficar quatro meses recebendo com atraso. As merendas também foram normalizadas em março. Não avançamos o necessário, mas fizemos o primordial tendo em vista a crise que enfrentamos”, concluiu
Também estiveram presentes na reunião os deputados Tio Carlos (SD), Waldeck Carneiro (PT), Dr. Julianelli (PSB) e Flávio Serafini (PSol).
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