Feltes: pequenos frigoríficos reclamam das restrições ao abate
Com uma série de limitações impostas às atividades de pequenos frigoríficos do estado, desde a redução do número de abates até mesmo o fechamento de algumas unidades, proprietários de empresas do setor estão reagindo à conduta adotada nos últimos dois anos pela Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Cispoa-RS), órgão da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. "Os pequenos abatedouros estão sendo penalizados pela falta de profissionais para a inspeção veterinária, provocando desemprego e queda na receita de vários municípios gaúchos", resumiu o deputado Giovani Fltes (PMDB) durante audiência de uma comitiva do município de Taquara com o presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP), na manhã desta quinta-feira (16), buscando apoio para sensibilizar o governo a reverter a situação.
Feltes anunciou a realização de uma audiência pública que ele solicitou à Comissão de Agricultura no próximo dia 13 de junho, com o objetivo específico de tratar das carências de veterinários no quadro da Cispoa-RS. "Sem pessoal para inspecionar todos os abatedouros, a Coordenadoria acaba diminuindo a mais da metade a autorização de abates diários, criando dificuldades para o setor", reforçou o deputado.
Com estas medidas, acrescentou ele, toda uma cadeia de pequenas empresas de embutidos acaba sem a matéria-prima para suas manter suas atividades. "Sem falar nos pequenos agricultores, que não conseguem vender para os grandes frigoríficos", lembrou o peemedebista. As restrições estão atingindo pequenos abatedouros de bovinos, suínos e inclusive de peixes.
Com a participação de vereadores, secretários municipais e donos de pequenos abatedouros,a reunião com o presidente da Assembleia foi agenda pelo deputado João Fischer (PP), oportunidade em que os depoimentos foram unânimes em alertas de que o setor ficará inviabilizado com a conduta adotada pelo Cispoa-RS. Além de Taquara, onde um único fiscal sanitário precisa atender cinco estabelecimentos, várias outras cidades dos Vales do Paranhana e do Sinos já relataram situações semelhantes prejudicando a atividade do setor.
Um frigorífico de Taquara, por exemplo aguarda há seis anos a liberação de um processo junto à Fepam, mesmo se adaptando a cada às normativas da Secretaria de Agricultura. Ainda durante a reunião, chegou a ser mencionada a possibilidade das prefeituras conveniarem com estado para viabilizar a contratação de fiscais sanitários.
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