Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
29 de Maio de 2024
    Adicione tópicos

    Filha roubada quando era bebê há 29 anos reencontra a mãe

    Publicado por Espaço Vital
    há 15 anos

    A dona-de-casa Neuza Dias Franco, que teve um bebê do sexo feminino sequestrado há 29 anos em um posto de vacinação de Vicente de Carvalho (SP) conseguiu reencontrar a filha há duas semanas. Exames de DNA confirmaram a verdadeira identidade dos pais. O reencontro foi possível porque a falsa mãe, Laura Vita Galvão, ficou gravemente doente e confessou o roubo antes de morrer, em 29 de agosto de 2004.

    Alessandra Galvão dos Santos, que recebeu esse nome após ser sequestrada, já fizera várias tentativas frustradas para descobrir sua verdadeira mãe. Duas semanas atrás, uma amiga de Alessandra mandou um e-mail para o jornal A Tribuna pedindo que a equipe investigasse a história de um bebê. A reportagem encontrou a verdadeira certidão de nascimento. Exames de DNA revelaram os verdadeiros pais de Alessandra.

    O caso foi revelado, em detalhes, ontem (24) pelo programa Fantástico, da Rede Globo e é destaque hoje (25) na página inicial do saite G.1. O caso deve ter desdobramentos judiciais nas próximas semanas, com uma ação para desconstituir o falso registro de nascimento.

    Alessandra conta que a falsa mãe só confessou o crime cinco horas antes de morrer. Ela me falou que não era minha mãe e que tinha me roubado em um posto de saúde, que era para eu procurar um jornal da Baixada Santista, que lá eu ia ter todas as informações que eu precisava saber, conta ela.

    Alessandra foi aos arquivos do jornal e descobriu a notícia sobre o furto de um bebê. "Fui procurar nos arquivos do jornal. Aí comecei por fevereiro abrindo a página:"Criança é raptada no centro de saúde de Vicente de Carvalho. Na hora que eu vi aquilo, eu não acreditei e fiquei eufórica, conta Alessandra.

    Com base no endereço obtido pelo arquivo de jornal, uma equipe de reportagem foi à cidade de Vicente de Carvalho conversar com moradores para saber se alguém se lembrava do caso. Foi, então, encontrada a certidão de nascimento da menina: Janaína Dias Franco, filha de Neuza Dias Franco e Carlos Roberto Franco.

    A seguir, os repórteres acharam o número de telefone do casal. Eu, sentada, peguei o telefone e disquei, tremendo. Falei: ´Olha, é a dona Neuza?´. Ela falou: "É, lembra a repórter do jornal A Tribuna".

    Eu pensei que era mais um trote, contou a dona-de-casa Neuza Dias Franco.

    Ela lembra como o bebê foi levado: eu estava sentada; chegou aquela mulher, sentou do meu lado e começou a conversar; aí depois eu fui levantar para pegar um copo dágua e ela falou: deixa que eu pego. No que ela trouxe aquela água, eu não vi mais nada. Quando eu voltei, a bebê já não estava mais. Só estava a roupa de lado, relata a mãe biológica, acrescentando que "a sequestradora trocou a roupa da criança para despistar".

    Ao longo dos quase 30 anos, várias pessoas sugeriram a Neuza que jogassem fora a roupinha do bebê, mas eu falei que eu não ia jogar, eu ia mostrar, para o dia em que ela aparecesse..., disse a mãe verdadeira. Ela também guardou o recorte do jornal da época, o mesmo que serviu de pista para as jornalistas.

    Um laboratório se ofereceu para fazer o teste de DNA. "Então, nós marcamos o teste em Indaiatuba com a família de Neuza e a família da Alessandra, disse a subeditora do jornal, Christiane Lourenço.

    E como foi este encontro? Foi muito emocionante. Fui chegando perto, fui saindo do carro, comecei a chorar e fotografar, comenta a repórter fotográfica Nirley Sena.

    Durante uma semana, as famílias viveram a expectativa do resultado. O teste cruzou as informações genéticas do sangue do pai, da mãe e da suposta filha. O resultado foi entregue em um envelope lacrado. Concluiu-se, portanto, que Carlos Alberto Franco é pai biológico de Alessandra Galvão dos Santos. Todos começaram a chorar.

    Vou mostrar a Alessandra a roupinha, o dia que ela foi raptada. A mulher tirou e deixou no banco. Esta roupinha é a que você estava vestida com ela no dia, apontou Neuza.

    É muito amor, porque uma pessoa guardar uma peça de roupa por tantos anos assim é muito amor. Esta aqui é a maior prova de carinho, de como a minha vida era para ter sido, se emocionou Alessandra. Daqui para frente, é só comemorar. Vamos sempre estar juntos. Mesmo que more em outra cidade, os corações estão unidos, finalizou Carlos.

    Luciana conta que sua falsa mãe tinha outros três filhos e já tinha se submetido a uma laqueadura de trompas quando conheceu um novo marido, um caminhoneiro da Baixada Santista.

    Ela não queria perdê-lo, comenta a comerciante. Segundo Luciana, sua falsa mãe inventou uma gravidez. Ela enganou ele também dizendo que estava grávida. Como ele não quase não participava do dia a dia da gente em casa, a barriga que ela já tinha já enganava, acrescenta Alessandra.

    Alessandra viveu 24 anos acreditando ser a filha caçula de Laura, uma mulher alcoólatra que agredia os filhos. A agressividade e a ignorância dela eram muito maiores do que o ser mãe. Foi muito marcante, muito sofrimento, tanto que até ela quis me trocar por drogas, revela.

    VEJA O VÍDEO DO PROGRAMA FANTÁSTICO

    • Publicações23538
    • Seguidores516
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações1726
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/filha-roubada-quando-era-bebe-ha-29-anos-reencontra-a-mae/1098507

    Informações relacionadas

    Espaço Vital
    Notíciashá 14 anos

    Menina sequestrada é localizada em Porto Alegre após 5 anos

    2 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

    Lendo esta matéria voltei a ter esperança em encontrar minha família biológica... Fiquei sabendo há pouco tempo que fui tirada da minha família em 1980, antes de completar um ano de vida, em Foz do Iguaçu. Não tenho provas nem muitas pistas, apenas a confirmação do meu pai adotivo que a mulher dele me buscou no Paraná e disse que estava tudo certo e que podiam me registrar, então eles fizeram uma certidão de nascimento em Brasília, onde moravam na época. Tenho tentado de tudo, inclusive queria muito que a imprensa de Foz do Iguaçu divulgasse a minha história pra tentar localizar alguém, mas eles dizem que eu tenho que registrar um BO, porém estou residindo em Portugal atualmente, o que me impossibilita de registar qualquer coisa. Espero ter a sorte que a Alessandra teve e desejo tudo de bom para esta família! continuar lendo

    Poxa vida se já tinha pegado a criança que ao menos cuidasse mto bem né ? Já nao devia ter pego agora ainda ser a pior inimiga de todas dela aff...Mais tbm o que se pode esperar de uma pessoa que rapta um bb indefeso de uma mãe em estado indefeso ? Maldita. continuar lendo